"O Trabalho é Sagrado" de Henrique Nicolau
"O Trabalho é Sagrado" de Henrique Nicolau
Preço: 4 €
"O Trabalho é Sagrado" de Henrique Nicolau
"O Trabalho é Sagrado"
de Henrique Nicolau
Editorial Caminho
Colecção Caminho Policial
190 Páginas
«O Chefe estava bera comigo, já há dias que não punha os butes na redacção e ele não andava em maré de me aparar mais golpadas. Verdade seja que não era costume baldar-me muito, mas uma coisa é o que nós pensamos, outra o que os outros pensam, sobretudo quando os outros fazem parte dessa espécie que responde à palavra chefe. Ia a subir o Chiado a morder com os botões e a manejar a cabeça com mais ou menos perícia, a ver como me havia de livrar do certo raspanete. Era pior que uma ressaca de licores com algumas cervejolas pelo meio. Pensava ir a uma bica na Brasileira para animar os ânimos e entusiasmar a polémica que, de certeza, certezinha, era fatal, lá tinha de ser, estava à minha espera. Com uma tão bela manhã era chato não estar muito virado para a apreciar. Foi aí a meio da Rua do Carmo que difusamente me comecei a aperceber dela. Descia num meio sorriso alegre e dirigido, pensei, a alguém que vinha atrás de mim. Aquele sorriso, naquela manhã, claro que não era cá para o rapaz, avisado desde A Quimera do Ouro do Chaplin como estas coisas são e que convém estar atento. Mas ela vinha e o sorriso crescia com o aproximar. O aproximar foi sendo tanto que a vi parar à minha frente e. E beijou-me: "Olá, estás bom?" Deve ter percebido que eu estava mais que baralhado, e estava, fina como de certo era, deixou-me, num menear de cabeça irónico: "Vejo que não te lembras, mas olha que foi uma noite muito bonita, muito bonita." [...]
BOM ESTADO - PORTES GRÁTIS
de Henrique Nicolau
Editorial Caminho
Colecção Caminho Policial
190 Páginas
«O Chefe estava bera comigo, já há dias que não punha os butes na redacção e ele não andava em maré de me aparar mais golpadas. Verdade seja que não era costume baldar-me muito, mas uma coisa é o que nós pensamos, outra o que os outros pensam, sobretudo quando os outros fazem parte dessa espécie que responde à palavra chefe. Ia a subir o Chiado a morder com os botões e a manejar a cabeça com mais ou menos perícia, a ver como me havia de livrar do certo raspanete. Era pior que uma ressaca de licores com algumas cervejolas pelo meio. Pensava ir a uma bica na Brasileira para animar os ânimos e entusiasmar a polémica que, de certeza, certezinha, era fatal, lá tinha de ser, estava à minha espera. Com uma tão bela manhã era chato não estar muito virado para a apreciar. Foi aí a meio da Rua do Carmo que difusamente me comecei a aperceber dela. Descia num meio sorriso alegre e dirigido, pensei, a alguém que vinha atrás de mim. Aquele sorriso, naquela manhã, claro que não era cá para o rapaz, avisado desde A Quimera do Ouro do Chaplin como estas coisas são e que convém estar atento. Mas ela vinha e o sorriso crescia com o aproximar. O aproximar foi sendo tanto que a vi parar à minha frente e. E beijou-me: "Olá, estás bom?" Deve ter percebido que eu estava mais que baralhado, e estava, fina como de certo era, deixou-me, num menear de cabeça irónico: "Vejo que não te lembras, mas olha que foi uma noite muito bonita, muito bonita." [...]
BOM ESTADO - PORTES GRÁTIS
- TipoVenda
- ConcelhoCascais
- FreguesiaCarcavelos e Parede
- Id do anúncio29176866
- Id do anunciante31186722
Etiquetas: Literatura
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Raul Ribeiro
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