"Confesso que Vivi - Memórias" de Pablo Neruda - 2ª Edição de 1976

"Confesso que Vivi - Memórias" de Pablo Neruda - 2ª Edição de 1976

"Confesso que Vivi - Memórias"
de Pablo Neruda

2 Edição de 1976
Publicações Europa-América
344 Páginas

«Estas memórias ou recordações são intermitentes e por vezes fugidias na memória, porque a vida é precisamente assim. É a intermitência do sono que nos permite aguentar os dias de trabalho. Muitas das minhas recordações desvaneceram-se ao evocá-las, ficaram em pó como um vidro irremediavelmente ferido.
As memórias do memorialista não são as memórias do poeta. Aquele viveu talvez menos, mas fotografou muito mais, recreando-nos com a perfeição dos pormenores. Este entrega-nos uma galeria de fantasmas sacudidos pelo fogo e pela sombra da sua época.
Não vivi, talvez, em mim mesmo; vivi, talvez, a vida dos outros. De quanto nestas páginas deixei escrito se desprenderão sempre como nos arvoredos de Outono, como no tempo das vindimas as folhas amarelas que vão morrer e as uvas que reviverão no vinho sagrado.
A minha vida é uma vida feita de todas as vidas - as vidas do poeta.

EXCERTO
«Estas memórias ou recordações são intermitentes e por vezes fugidias na memória, porque a vida é precisamente assim. É a intermitência do sono que nos permite aguentar os dias de trabalho. Muitas das minhas recordações desvaneceram-se ao evocá-las, ficaram em pó como um vidro irremediavelmente ferido.
As memórias do memorialista não são as memórias do poeta. Aquele viveu talvez menos, mas fotografou muito mais, recreando-nos com a perfeição dos pormenores. Este entrega-nos uma galeria de fantasmas sacudidos pelo fogo e pela sombra da sua época.
Não vivi, talvez, em mim mesmo; vivi, talvez, a vida dos outros. De quanto nestas páginas deixei escrito se desprenderão sempre como nos arvoredos de Outono, como no tempo das vindimas as folhas amarelas que vão morrer e as uvas que reviverão no vinho sagrado.
A minha vida é uma vida feita de todas as vidas as vidas do poeta.

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Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto (Parral, 12 de julho de 1904 Santiago, 23 de setembro de 1973), mais conhecido pelo seu pseudónimo e, mais tarde, nome legal, Pablo Neruda, foi um poeta-diplomata chileno e político que ganhou o Prémio Nobel da Literatura em 1971. Neruda ficou conhecido como poeta quando tinha 13 anos, e escreveu numa variedade de estilos, incluindo poemas surrealistas, épicas históricas, manifestos abertamente políticos, uma autobiografia em prosa, e poemas de amor apaixonados como os da sua coleção Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada (1924).

Neruda ocupou muitas posições diplomáticas em vários países durante a sua vida e serviu um mandato como Senador pelo Partido Comunista do Chile. Quando o Presidente Gabriel González Videla baniu o comunismo no Chile em 1948, foi emitido um mandado de captura para Neruda. Amigos esconderam-no durante meses no porão de uma casa na cidade portuária de Valparaíso; Neruda escapou por uma passagem de montanha perto do lago Maihue para a Argentina. Anos mais tarde, Neruda foi um conselheiro próximo do presidente socialista do Chile Salvador Allende.

Neruda foi hospitalizado com cancro em setembro de 1973, na altura do golpe de Estado liderado por Augusto Pinochet que derrubou o governo de Allende, mas regressou a casa após alguns dias quando suspeitou que um médico o injetara com uma substância desconhecida com o objetivo de o assassinar por ordem de Pinochet. Neruda morreu na sua casa em Isla Negra a 23 de setembro de 1973, poucas horas após ter deixado o hospital.

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Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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