"O Meu Coração a Nu" precedido de "Fogachos" de Charles Baudelaire - 1ª Edição de 1988

"O Meu Coração a Nu" precedido de "Fogachos" de Charles Baudelaire - 1ª Edição de 1988

"O Meu Coração a Nu"
precedido de "Fogachos"
de Charles Baudelaire

Tradução, prefácio e nótulas de João Costa

1ª Edição de 1988
Guimarães Editores
104 Páginas

Obra inédita até 1887, os textos de Mon coeur mis a nu e Fusées foram publicados sob o título geral de Journaux Intimes, agora restituídos à verdadeira designação que Baudelaire lhes atribuiu, pois constituem um conjunto de valiosas notas destinadas às suas obras, ou apontamentos breves e sinceros, por vezes com verdadeiro sarcasmo, dos seus pensamentos mais íntimos, dos seus juízos de valor, das suas iras, tornando-se indispensável a sua leitura para a plena compreensão da sua personalidade e da sua obra.

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Baudelaire nasceu em Paris a 9 de abril de 1821, filho de François Baudelaire, então com 62 anos, e da jovem Caroline. Após a morte do marido em 1827, esta desposou o comandante Aupick, mais tarde general e embaixador francês em Espanha, com quem Baudelaire cedo se incompatibilizaria.
Após a conclusão dos estudos secundários em 1839, Baudelaire, que se revelara um leitor compulsivo de «obras modernas», dedica-se a uma vida boémia e à escrita de poemas. Em 1850, conhece Nerval e Balzac e relaciona-se com Sarah, uma prostituta judia.
Ao atingir a maioridade reivindica a herança paterna, consome ópio e haxixe (experiência que está na origem de Os Paraísos Artificiais) e relaciona-se com atriz Jeanne Duval.
Em 1844, os seus bens são interditados judicialmente pela família. Baudelaire escreve em revistas literárias e aproxima-se dos românticos que evoluem para o esteticismo com Théophile Gautier, e dos realistas.
Em 1846, publica Salão de 1846, onde elogia Delacroix, e no ano seguinte a novela Fanfarlo.
Participa na luta revolucionária nas barricadas de Paris em 1848 e sente-se próximo dos socialistas utópicos.
A partir de 1852, saem várias traduções suas de Poe em revistas.
A 25 de junho de 1857 é posto à venda o volume com cem poemas de As Flores do Mal. Le Figaro denuncia a imoralidade da obra, que será confiscada.
1861 é o último ano de intensa criação para Baudelaire, apesar das frequentes manifestações de sífilis. Edita a segunda edição de As Flores do Mal com trinta e cinco novos poemas e estudos sobre Wagner e Victor Hugo.
Em 1863, Le Figaro publica O Pintor da Vida Moderna, escrito em 1856-1860, e La Revue nationale publica Poemas em Prosa.
A 7 de fevereiro de 1865, Le Figaro edita O Spleen de Paris. Mallarmé e Verlaine elogiam Baudelaire, que morre a 31 de agosto de 1867, sendo sepultado no cemitério de Montparnasse.

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Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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