Júlio Diniz. Scenas da vida do Porto, 1920

Júlio Diniz. Scenas da vida do Porto, 1920

N 9271 Júlio Diniz. Scenas da vida do Porto, ou Uma Família Ingleza. J Rodrigues & Ca. Editores. 1920. 17 Edição. Encadernado. Restauro na lombada. 467 Páginas. Assinatura de posse.
Romance da autoria de Júlio Dinis, inicialmente aparecido em folhetinscom o título Uma Família de Ingleses e subintitulado Cenas da Vida do Porto, foi publicado em 1868. Enquanto Camilo retratava o velho mundo daaristocracia fatalista e em decadência, Júlio Dinis aborda um mundo novoem cujo desenvolvimento acredita. No período durante o qual escreveu,entre 1858 e 1870, vivia-se uma fase de acalmia que propiciava o fomentodas obras públicas. Todos os valores da burguesia crente no êxito da boavontade e da iniciativa individual pareciam então catalisadores deprogresso. Júlio Dinis emerge deste otimista meio burguês. Ao mesmotempo, será ele que sustentará a sua obra, através da leitura dos folhetinsem que ela é inicialmente publicada e onde se afirma como fulcro de umafase decisiva da ficção portuguesa - o romance de tema contemporâneo.
António José Saraiva nota que, ao contrário de Eça de Queirós, capaz deanalisar objetivamente as instituições que representa nos seus romances,Júlio Dinis identifica-se de tal modo com o meio que representa que partedesde logo, não da realidade, mas de construções ideais. Isto torna-seóbvio em Uma Família Inglesa , se atentarmos na tipificação caricatural damaior parte das personagens ou na idealização extrema de Jenny, «anjodo lar quase ubíquo da família Whitestone que leva o próprio narrador a referir-se-lhe como «tão celestial que se espera a cada passo vê-ladesprender-se da terra e dissipar-se, confiando-lhe o poder de resolvertodas as crises, embora não a dote de grande densidade psicológica.
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