"Terras Desbravadas" 2 Volumes
de Mikhail Cholokhov

Capa de Sebastião Rodrigues

1ª Edição s/d
Editora Arcádia
Coleção Encontro - Especial Nºs 6 e 7
426 + 436 Páginas

De Janeiro a Julho de 1930, uma aldeia cossaca, em pleno Don, tem de ser colectivizada; os entusiasmos e os erros, as dificuldades e as contradições, os crimes de inaudita selvajaria, um povo cuja crueza de linguagem e costumes contrasta com a alma crédula, os amores violentos e simultaneamente púdicos, os conflitos entre um passado que subsiste enraizado e os sonhos dum futuro que só a geração seguinte gozará. Eis o panorama em que se desenvolve esta obra, romance impiedoso, uma história que acaba mal, mas em que é feita justiça, e sem dúvida é uma obra fora de série.

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Mikhail Aleksándrovitch Chólokhov, grande escritor russo e um clássico da literatura soviética, nasceu a 24 de Maio de 1905 e morreu em 1984

Em 1923, foram publicados os seus primeiros artigos satíricos no jornal "Iunocheskaya pravda" ("Verdade Juvenil") e, em 1924, o seu primeiro conto Marca de Nascença ( ).

Posteriormente, estes seus primeiros esforços literários foram compilados nas colecções A Estepe Azul Celeste ( ) e Contos de Don ( ).

Foi o romance O Don Tranquilo ( ), dedicado aos cossacos do Don, numa época de mudanças históricas, que trouxe a Chólokhov fama mundial. Quando, na imprensa, apareceram as primeiras partes do romance, correram rumores de que não havia sido o próprio Chólokhov a escrevê-lo, mas que se teria apropriado de um manuscrito de um oficial do Exército Branco que havia sido assassinado. Apoiando esta versão foram dados argumentos ridículos, tais como que Chólokhov seria muito jovem, inexperiente e ignorante e que, portanto, não seria capaz de criar uma obra de grande escala tão poderosa e madura. Mais tarde, os resultados de uma investigação dos textos, usando meios informáticos, e a comparação desta obra com o estilo de outros trabalhos do escritor, testemunharam incondicionalmente que era de Chólokhov a autoria de O Don Tranquilo.

Um outro romance famoso do escritor é Terras Desbravadas ( ), dedicado à colectivização no Don. Durante a Segunda Guerra Mundial, perdeu-se o manuscrito do segundo volume do romance, tendo sido recuperado já no período do pós-guerra.

Durante a guerra, Chólokhov trabalhou como correspondente militar, publicou alguns ensaios e o conto A Ciência do Ódio ( ). Mais tarde, foram publicados excertos do romance inacabado Morreram pela Pátria ( ). Em 1956, o jornal "Pravda" publicou o conto O Destino do Homem ( ).

Em 1965, Mikhail Chólokhov foi agraciado com o Prémio Nobel da Literatura. A parte monetária deste prémio foi doada pelo escritor para a construção de uma escola na povoação cossaca de Vechenskaia.

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