"Um Mês na U.R.S.S."
de Alberto Moravia

1ª Edição s/d
Livros do Brasil - Lisboa
164 Páginas

A história da viagem da Moravia à antiga União Soviética em 1958 é um livro que vive de duas almas: por um lado, o sentimento apaixonado do intelectual europeu que lida com a cultura de Dostoiévski, Tchekhov e Gogol, que em Leningrado é apaixonado pelos lugares onde viveu o escritor dos "Demônios", que faz uma viagem cheia de surpresas na história de uma das literaturas mais fascinantes da Europa. Por outro lado, o olhar da Moravia também traz consigo o julgamento político sobre um laboratório rural de doutrinas sociais, cuja aplicação encontra e analisa, criticar e comparar a situação em Cortina com a realidade do resto do continente.

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Alberto Moravia, pseudónimo de Alberto Pincherle (1907 a 1990), foi um escritor, jornalista, argumentista, ensaísta, dramaturgo, poeta, repórter de viagens, crítico de cinema e político italiano. Considerado um dos romancistas mais importantes do século 20, ele explorou os temas da sexualidade, alienação social e existencialismo em suas obras. Foi também jornalista, dramaturgo, ensaísta e crítico de cinema. Moravia era ateu, a sua escrita era marcada pelo seu estilo factual, frio e preciso, muitas vezes retratando o mal-estar da burguesia, sustentado por uma elevada consciência social e cultural. Moravia acreditava que os escritores devem, se quiserem representar a realidade, assumir uma posição moral, uma atitude política, social e filosófica claramente concebida, mas também que, em última análise, "Um escritor sobrevive apesar de suas crenças".Entre 1959 e 1962, Moravia foi presidente da PEN International, a associação mundial de escritores.

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