"Mongólia" de Bernardo Carvalho
"Mongólia" de Bernardo Carvalho
Preço: 7 €
"Mongólia" de Bernardo Carvalho
"Mongólia"
de Bernardo Carvalho
Edição de 2007
Biblioteca Editores Independentes
240 Páginas
Um diplomata brasileiro recém-chegado à China é enviado, contra sua vontade, aos confins da Mongólia em busca de um jovem fotógrafo desaparecido um ano antes nos montes Altai.
Mongólia é ao mesmo tempo relato de viagem e ficção, numa espécie de diálogo que se estabelece entre o diário deixado pelo desaparecido e aquele que é escrito pelo diplomata que foi encarregado de o encontrar um ano depois, como se só pudessem avançar sobre as suas próprias palavras. São diários que relatam o contacto com os nómadas do deserto de Gobi e nas estepes mongóis; a vida dos tsaatan, criadores de renas, na fronteira com a Rússia, e a dos criadores de camelos no deserto do Sharga; o encontro com um cantor difónico, com um improvável monge budista e com um falcoeiro cazaque. Mostram um povo que exercita o misticismo como quem descobre a liberdade depois de setenta anos sob o jugo de uma ditadura comunista. Um país em que a memória se perdeu pelo uso da força, e a imaginação, antes cerceada, agora toma o lugar da memória, confundindo-se com as condições mais extremas da realidade.
Nos seus diários, o desaparecido e o diplomata revelavam a dificuldade de se relacionar com o que não conhecem. Expõem os seus preconceitos e limites enquanto um segue à procura do outro, ora desconfiados ora iludidos, condenados a ver uma realidade que deve muito às suas próprias imaginações e desejos, assombrados por histórias que parecem auto-reproduzir-se e cuja veracidade já não podem provar a não ser com a própria perdição. Histórias que os levam a embrenhar-se num mundo que não compreendem, um labirinto sem paredes. E, conforme um se aproxima do outro, nesse confronto entre Ocidente e Oriente, também a narrativa parece encaminhar-se para uma integração impossível entre modos diferentes de ser e pensar, num esforço para resgatar o que foi separado na origem, o que se perdeu e só poderá ser encontrado no terreno da ficção.
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Bernardo Carvalho (n. 1960, Rio de Janeiro) é jornalista e autor de, entre outros, Aberração (contos), Teatro (romance), Nove noites (romance, prémios PT e Machado de Assis, da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro) e Mongólia (romance, prémio Jabuti e APCA). É considerado o mais original escritor brasileiro dos anos 90. Traduzida já para mais de dez idiomas, a sua escrita depurada, urbana e cerebral, em que nada é o que aparenta ser, agarra o leitor como um vício.
ESGOTADO NAS LIVRARIAS
ÓPTIMO ESTADO - PORTES GRÁTIS
de Bernardo Carvalho
Edição de 2007
Biblioteca Editores Independentes
240 Páginas
Um diplomata brasileiro recém-chegado à China é enviado, contra sua vontade, aos confins da Mongólia em busca de um jovem fotógrafo desaparecido um ano antes nos montes Altai.
Mongólia é ao mesmo tempo relato de viagem e ficção, numa espécie de diálogo que se estabelece entre o diário deixado pelo desaparecido e aquele que é escrito pelo diplomata que foi encarregado de o encontrar um ano depois, como se só pudessem avançar sobre as suas próprias palavras. São diários que relatam o contacto com os nómadas do deserto de Gobi e nas estepes mongóis; a vida dos tsaatan, criadores de renas, na fronteira com a Rússia, e a dos criadores de camelos no deserto do Sharga; o encontro com um cantor difónico, com um improvável monge budista e com um falcoeiro cazaque. Mostram um povo que exercita o misticismo como quem descobre a liberdade depois de setenta anos sob o jugo de uma ditadura comunista. Um país em que a memória se perdeu pelo uso da força, e a imaginação, antes cerceada, agora toma o lugar da memória, confundindo-se com as condições mais extremas da realidade.
Nos seus diários, o desaparecido e o diplomata revelavam a dificuldade de se relacionar com o que não conhecem. Expõem os seus preconceitos e limites enquanto um segue à procura do outro, ora desconfiados ora iludidos, condenados a ver uma realidade que deve muito às suas próprias imaginações e desejos, assombrados por histórias que parecem auto-reproduzir-se e cuja veracidade já não podem provar a não ser com a própria perdição. Histórias que os levam a embrenhar-se num mundo que não compreendem, um labirinto sem paredes. E, conforme um se aproxima do outro, nesse confronto entre Ocidente e Oriente, também a narrativa parece encaminhar-se para uma integração impossível entre modos diferentes de ser e pensar, num esforço para resgatar o que foi separado na origem, o que se perdeu e só poderá ser encontrado no terreno da ficção.
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Bernardo Carvalho (n. 1960, Rio de Janeiro) é jornalista e autor de, entre outros, Aberração (contos), Teatro (romance), Nove noites (romance, prémios PT e Machado de Assis, da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro) e Mongólia (romance, prémio Jabuti e APCA). É considerado o mais original escritor brasileiro dos anos 90. Traduzida já para mais de dez idiomas, a sua escrita depurada, urbana e cerebral, em que nada é o que aparenta ser, agarra o leitor como um vício.
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Etiquetas: Literatura
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