"Avenida de Roma" de Artur Portela Filho - 1ª Edição de 1961

"Avenida de Roma" de Artur Portela Filho - 1ª Edição de 1961

"Avenida de Roma"
de Artur Portela Filho

1ª Edição de 1961
Guimarães Editores
Coleção Nova Vaga
158 Páginas

Reúne contos que retratam o surgimento de uma geração inquieta de lisboetas que vieram a traduzir as suas preocupações no cinema, em filmes como Os Verdes Anos (Paulo Rocha, 1963) ou, mais tarde, Perdido Por Cem (António Pedro Vasconcelos, 1972). Não por acaso, Portela Filho, que se notabilizou como jornalista, insiste em recontar-nos temas com origem nos filmes que, na época, se projectavam mais ou menos clandestinamente nos cineclubes.

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Artur Guerra Jardim Portela (Lisboa, Mercês, 30 de setembro de 1937 Abrantes, 10 de novembro de 2020), que assinou Artur Portela Filho até aos anos 70, foi um escritor, tradutor e jornalista português.

Filho do histórico jornalista Artur Jardim Portela, neto materno do 2.º Visconde de Monte São, e de sua mulher Maria Luísa Barbosa Colen Guerra, trineta dum Italiano, e irmão mais novo do pintor Luís Guerra Jardim Portela, cresceu numa família de jornalistas, escritores e artistas. Com formação académica em História, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi redator do Diário de Lisboa, nos anos 50 e 60; fundou e dirigiu o diário Jornal Novo em 1975, durante o período revolucionário subsequente ao 25 de abril de 1974; fundou e dirigiu, também na década de 70, o semanário de grande informação Opção.

Colaborou em jornais como República, A Capital, Portugal Hoje, Jornal do Fundão e, mais recentemente, i, na estação de rádio TSF e pontualmente na RTP.

Como escritor de ficção, publicou livros de contos como "A Gravata Berrante", "Avenida de Roma", "Thelonious Monk", "As três lágrimas paralelas" e "Os Peixes Voadores", e romances como "Rama, verdadeiramenre", "O Código de Hamurabi", "Marçalazar", "Fotomontagem", "A Manobra de Valsalva", "História Fantástica de António Portugal" e "As Noivas de São Bento". Esta ficção tem como traços frequentes o fantástico e o satírico.

É também autor de livros de crónicas de forte intervenção política, social e cultural, de uma forma geral de sentido irónico, como as séries "A Funda" (7 volumes), "Feira das Vaidades" e "O Novo Conde de Abranhos".

A sua obra "A Guerra da Meseta" é um romance que decorre numa fantástica República da Istmânia, entalada entre uma gigantesca Barreira de betão, que a protege de um Mar permanentemente em fúria e montanhas intransponíveis.

No domínio da investigação histórica, devem-se-lhe designadamente trabalhos sobre o século XVIII e os anos 30-60 do século XX português, tendo estudado a produção cultural de regimes ditatoriais europeus e as suas relações neste plano.

Foi eleito pela Assembleia da República para dois órgãos de regulação dos média, o Conselho de Comunicação Social, ao qual presidiu, e a Alta Autoridade para a Comunicação Social.

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Etiquetas: Literatura

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