"O Cheiro da Índia" de Pier Paolo Pasolini - 1ª Edição de 2008
"O Cheiro da Índia" de Pier Paolo Pasolini - 1ª Edição de 2008
Preço: 12 €
"O Cheiro da Índia" de Pier Paolo Pasolini - 1ª Edição de 2008
"O Cheiro da Índia"
de Pier Paolo Pasolini
Tradução de Miguel Serras Pereira
1ª Edição de 2008
Editora 90º
Coleção Algures
90 Páginas
Pasolini, realizou, em 1961, uma viagem à Índia na companhia de Alberto Moravia e Elsa Morante.
Intensamente lírico, este livro que traz de volta a sua estadia, não é propriamente uma narrativa documental.
Trata-se antes de uma rememoração do cheiro que o autor respirou ao longo das suas vagabundagens nocturnas: visões de uma extrema miséria, espectáculos de estranha espiritualidade, constituem, para Pasolini, etapas multiplicadas de descida às entranhas de uma humanidade primitiva.
EXCERTOS
" cores perdidamente vivas, sem sombra de delicadeza, verdes que eram azuis, azuis que eram violeta; o ouro dos recipientes para a água, pequenos e preciosos como escrínios; as concentrações da turba vestida de faixas de pano adejantes; os sorrisos nos rostos negros sob os turbantes brancos - tudo isso reverberava nos meus olhos, imprimindo-se na córnea com uma violência tal que a traçava."
Os fracos têm uma forte tendência a tornar-se violentos, os frágeis a tornar-se ferozes: seria terrível que um povo de quatrocentos milhões de habitantes, que neste momento pesa tanto na cena histórica e política do mundo, se ocidentalizasse em semelhantes termos mecânicos e degradados. Devemos desejar tudo a este povo menos uma tal experiência burguesa."
---
Pier Paolo Pasolini nasceu a 5 de março de 1922 em Bolonha. Filho de um militar, seguiu o pai nas várias mudanças de terra, mas frequentou o liceu e a faculdade em Bolonha, onde teve foi aluno de Gianfranco Contini e Roberto Longhi. Passava os Verões em Casarsa, na região do Friuli, cidade de origem da mãe. Aí se refugiou, em 1943, para fugir à incorporação no exército. Compôs os primeiros poemas em dialecto friulano, Poesie a Casarsa (1942), publicados mais tarde, com outros textos friulanos, em La Meglio Gioventù (1958). Em 1945, soube que o irmão mais novo, Guido, tinha sido morto pelos titistas num conflito entre dois grupos de partigiani. Em 1947, inscreveu-se no Partido Comunista. Trabalhou como professor, numa aldeia perto de Casarsa, mas seria despedido e expulso do PCI por um obscuro episódio de alegada corrupção de menores. Esse foi o primeiro de uma enorme lista de processos (mais de 30) que deram a Pasolini a consciência da sua diversidade e marcaram o seu destino de marginalizado e rebelde.
Devido ao escândalo, em 1949, teve de deixar Casarsa, com a mãe (a relação com o pai já estava estragada), e mudou-se para Roma, vivendo primeiro na periferia e ganhando a vida com explicações e ensino em escolas particulares. A descoberta do mundo do sub-proletariado romano inspirou-lhe - para além de poemas em As Cinzas de Gramsci (1957) e A Religião do Meu Tempo (1961) ( escritos depois de O Rouxinol da Igreja Católica (1943 - 1949, ou seja, antes de As Cinzas de Gramsci) - sobretudo os romances Vadios (1955) e Uma Vida Violenta (1959), que provocaram grande escândalo, mas lhe asseguraram o primeiro êxito literário. Com os antigos colegas da faculdade Francesco Leonetti e Roberto Roversi dirigiu, entre 1955 e 1959, a revista Officina, onde colaboraram, entre outros nomes importantes da militância crítica, Franco Fortini e Paolo Volponi.
Pier Paolo Pasolini morreu assassinado, em Ostia, em 1975.
ESGOTADO NAS LIVRARIAS
COMO NOVO - PORTES GRÁTIS
de Pier Paolo Pasolini
Tradução de Miguel Serras Pereira
1ª Edição de 2008
Editora 90º
Coleção Algures
90 Páginas
Pasolini, realizou, em 1961, uma viagem à Índia na companhia de Alberto Moravia e Elsa Morante.
Intensamente lírico, este livro que traz de volta a sua estadia, não é propriamente uma narrativa documental.
Trata-se antes de uma rememoração do cheiro que o autor respirou ao longo das suas vagabundagens nocturnas: visões de uma extrema miséria, espectáculos de estranha espiritualidade, constituem, para Pasolini, etapas multiplicadas de descida às entranhas de uma humanidade primitiva.
EXCERTOS
" cores perdidamente vivas, sem sombra de delicadeza, verdes que eram azuis, azuis que eram violeta; o ouro dos recipientes para a água, pequenos e preciosos como escrínios; as concentrações da turba vestida de faixas de pano adejantes; os sorrisos nos rostos negros sob os turbantes brancos - tudo isso reverberava nos meus olhos, imprimindo-se na córnea com uma violência tal que a traçava."
Os fracos têm uma forte tendência a tornar-se violentos, os frágeis a tornar-se ferozes: seria terrível que um povo de quatrocentos milhões de habitantes, que neste momento pesa tanto na cena histórica e política do mundo, se ocidentalizasse em semelhantes termos mecânicos e degradados. Devemos desejar tudo a este povo menos uma tal experiência burguesa."
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Pier Paolo Pasolini nasceu a 5 de março de 1922 em Bolonha. Filho de um militar, seguiu o pai nas várias mudanças de terra, mas frequentou o liceu e a faculdade em Bolonha, onde teve foi aluno de Gianfranco Contini e Roberto Longhi. Passava os Verões em Casarsa, na região do Friuli, cidade de origem da mãe. Aí se refugiou, em 1943, para fugir à incorporação no exército. Compôs os primeiros poemas em dialecto friulano, Poesie a Casarsa (1942), publicados mais tarde, com outros textos friulanos, em La Meglio Gioventù (1958). Em 1945, soube que o irmão mais novo, Guido, tinha sido morto pelos titistas num conflito entre dois grupos de partigiani. Em 1947, inscreveu-se no Partido Comunista. Trabalhou como professor, numa aldeia perto de Casarsa, mas seria despedido e expulso do PCI por um obscuro episódio de alegada corrupção de menores. Esse foi o primeiro de uma enorme lista de processos (mais de 30) que deram a Pasolini a consciência da sua diversidade e marcaram o seu destino de marginalizado e rebelde.
Devido ao escândalo, em 1949, teve de deixar Casarsa, com a mãe (a relação com o pai já estava estragada), e mudou-se para Roma, vivendo primeiro na periferia e ganhando a vida com explicações e ensino em escolas particulares. A descoberta do mundo do sub-proletariado romano inspirou-lhe - para além de poemas em As Cinzas de Gramsci (1957) e A Religião do Meu Tempo (1961) ( escritos depois de O Rouxinol da Igreja Católica (1943 - 1949, ou seja, antes de As Cinzas de Gramsci) - sobretudo os romances Vadios (1955) e Uma Vida Violenta (1959), que provocaram grande escândalo, mas lhe asseguraram o primeiro êxito literário. Com os antigos colegas da faculdade Francesco Leonetti e Roberto Roversi dirigiu, entre 1955 e 1959, a revista Officina, onde colaboraram, entre outros nomes importantes da militância crítica, Franco Fortini e Paolo Volponi.
Pier Paolo Pasolini morreu assassinado, em Ostia, em 1975.
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- ConcelhoCascais
- FreguesiaCarcavelos e Parede
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Etiquetas: Literatura
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