"A Planificação Socialista da Economia"
de Charles Bettelheim

1ª Edição de 1975
Edições 70
Coleção Biblioteca 70
344 Páginas

As análises actuais no domínio cada vez mais alargado da planificação socialista implicam, para serem precisas, que se disponha já de uma visão de conjunto dos problemas mais gerais da planificação centralizada. E precisamente esta última que é objecto deste livro. Se uma grande parte dos desenvolvimentos recentes do pensamento económico nos países so cialistas da Europa visa propor modalidades de preparação e concretização dos planos que dão maior lugar à descentralização (quer ao nível de algumas opções económicas importantes, quer, mais frequentemente, ao nível da gestão corrente da economia), sucede que estas proposições estão ainda longe de ser aplicadas a uma economia no seu conjunto.
Importa sublinhar, também, que as fórmulas actualmente propostas para modificar profunda mente o modo de funcionamento da planificação centralizada, e, no limite para o substituir por um outro modelo» de planificação, não convergem sequer para um sistema teórico unifica do que pudesse ser o objecto de um estudo paralelo ao da planificação centralizada. O modelo de planificação centralizada» que é um analisado corresponde ao único «modelo>> que foi realmente posto em prática, com, é certo, todas as distorções que implica a passagem de um modelo ideal a um modelo real. O autor pensa que ele tem o mérito de ser adaptado nos seus traços essenciais às exigências mais prementes de uma dada etapa da planificação socialista e de ter permitido, precisamente por esta razão, atingir as taxas de crescimento económico mais elevadas que a Humanidade jamais conheceu e isso sejam quais forem os desperdícios.

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Charles Bettelheim (20 de novembro de 1913 - 20 de julho de 2006), foi um economista e historiador francês. Fundador do CEMI ("Centre pour l'Étude des Modes d'Industrialisation" - Centro para o Estudo de Modos de Industrialização) na Sorbonne, foi também consultor económico em governos de vários países em desenvolvimento durante a descolonização. Foi muito influente na Nova Esquerda Francesa, e é considerado "um dos mais notáveis marxistas do mundo capitalista" (Le Monde, 4 de Abril de 1972) em França, mas também em Espanha, Itália, América Latina e Índia.

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