"A Construção da Alma"
de Michael Grosso

Com prefácio de Raymond Moody

ENQUANTO A CIÊNCIA e a religião debatem a real existência da alma, o filósofo Michael Grosso não se questiona sobre "se temos uma alma", mas sim sobre "se construímos as nossas almas". E, se sim, quais as experiências que são construtoras da alma.
Este livro inicia os leitores numa viagem ao domínio do transpessoal, onde encontramos ovnis, fantasmas, demónios e anjos em experiências que expandem as fronteiras da percepção e da realidade.

Partindo de uma série de textos e depoimentos históricos e contemporâneos, o autor explora as experiências invulgares que "constroem" a alma e transformam os seus "construtores".

EXCERTOS
A nossa natureza essencialmente imperfeita e aberta à transformação surge nas palavras de Albert Camus, o filósofo que escreveu O Mito de Sísifo: "Se existe uma alma," escreveu ele, "não devemos acreditar que ela nos é dada no seu estado definitivo. É neste mundo que a criamos, ao longo de toda a nossa vida. Na verdade, a vida resume-se a um longo e doloroso parto da alma." A alma, recorrendo a uma comparação algo rude, não é como a lâmpada que podemos ligar no interruptor; assemelha-se mais a uma fogueira intensa que temos de continuar a alimentar.

Tentarei explicar o que significa, para mim, a construção da alma, e em que medida podemos aprender as aptidões que lhe estão subjacentes. Mas espero que o leitor compreenda que falar sobre a alma não é tarefa fácil; é provavelmente impossível definir a alma, cuja natureza é tão multiforme e sistematicamente fugidia. Não podemos capturar a sua essência numa imagem ou definição, quaisquer que elas sejam. Isto deve-se, na minha opinião, ao facto de a alma não ter essência e não ser a imagem de nada; aquilo a que chamamos alma é, em si mesmo, o inventor da essência e da imagem, assim como é o revelador da existência.

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