De Santo António a Oliveira Salazar por Portugal : pérolas para porcos / Miguel Taveira (1980)

De Santo António a Oliveira Salazar por Portugal : pérolas para porcos / Miguel Taveira (1980)

DE SANTO ANTÓNIO A OLIVEIRA SALAZAR POR PORTUGAL. Pérolas para Porcos. *** Miguel Taveira *** Lisboa: Edições FP - Fernando Pereira - Editor, 1980. (24 x 16,5 cm.) com 301 + [3] pp. Capa dura. Exemplar razoável. Capa com pequenas marcas de manuseamento e algumas arranhadelas, encontrando-se, de um modo geral, ainda em bom estado e limpa. Páginas globalmente bem conservadas e limpas, mas apresentando um tom ligeiramente amarelecido e algumas pequenas manchas nas folhas de guarda. A primeira página apresenta um certo desgaste em algumas áreas onde, provavelmente, foi apagada alguma inscrição ou assinatura, mas que passa relativamente despercebida. *** Primeira edição desta obra que compila textos de diversas personalidades portuguesas, marcados por um patriotismo que se pretende exemplar e que constitui claramente uma forma de reacção ao rumo político seguido por Portugal na época da sua publicação, sendo bem expressiva a dedicatória impressa: Aos traidores para que não tenham descanso. Como se lê no início do prefácio: "Ontem como hoje, a História ensina-nos que, aos períodos de opulência e bem-estar social, se seguem outros, que deles emergem, em que os princípios basilares de outrora são tidos por bolor ultrapassado, quando não por bacilo nefasto que tem de ser «esterilizado. E aparecem sempre aqueles que lideram e pugnam, já por uma ou outra corrente da nova ordem (ou desordem), já por um passado a que com mais ou menos razões se apegaram. Num país com uma população continental diminuta como é Portugal, (é comparável à da cidade de Londres!), nem por isso deixamos de encontrar bem marcadas, a passagem de muitas épocas, de muitas paixões, politico e economicamente distintas, e até adversas. E A Abrir, aparece o conhecido texto de Guerra Junqueiro, extraído de Pátria, que começa deste modo: Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia de um coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalépsia ambulante, não se lembrando nem de onde vem, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta". (Índice nas imagens 5, 6 e 7). Tiragem numerada e assinada pelo editor, sendo este o exemplar N 986. *** Portes: envio gratuito em correio normal (tarifa especial para livros) * envio em correio registado: 1,70
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