LIVRO:

-Memórias de um Ex - Morfinómano, por Reinaldo Ferreira (Repórter X).
Capa de Stuartt de Carvalhais.
Prefácio de Artur Portela.
Composto e Impresso na Editora Comp. Nacional, 1956.
Tem 271 páginas, encadernação particular em vermelho com título e autor a dourado na lombada.
Conserva as capas (Br.).
Dimensão 18,5cm x 24cm.
SINOPSE
Reinaldo Ferreira é internado, em finais de 1932, para uma cura de desintoxicação. E escassos meses depois decide confessar a dependência e a reabilitação nas páginas do seu jornal "Repórter X", dando também à estampa o primeiro volume - e o único que publicou em vida - das "Memórias de um Ex-Morfinómano".
No final da vida ainda lançará os efémeros jornais "A Reportagem da Semana" e o "X".
Regressou à dependência da morfina e separa-se em 1935 de Carmen Cal, no dia 4 de Outubro desse ano, morre em Lisboa, vítima de broncopneumonia, no 3. andar do n. 8 do Largo do Directório (actual Largo de São Carlos), na freguesia dos Mártires, onde residia. Apesar da separação, morreu casado com Carmen Cal - do registo de óbito consta a referência de que era casado com Carmen Cal, de 27 anos, registada como residente no Porto.
Além das suas reportagens, entre as quais se contam fascinantes visões futuristas do Porto e Lisboa do ano 2000, Reinaldo Ferreira deixou ainda uma quantidade assombrosa de novelas, sobretudo policiais e de espionagem, além de várias peças de teatro. No "Diabo", Fernando de Araújo Lima garantirá, após a sua morte, que o viu escrever de jacto, a uma mesa do café portuense Avenida, para ganhar uma aposta de 250 escudos, a novela "Impossível", editada em 1929.
Se, como jornalista, e não obstante os seus múltiplos talentos, Reinaldo Ferreira merece óbvias reservas, já a sua inspiração torrencial, e até as acidentadas circunstâncias da sua biografia, fazem dele uma das nossas mais fascinantes figuras da primeira metade do século: uma espécie de Camilo da "série B".

*EXEMPLAR em BOM ESTADO DE CONSERVAÇÂO.
Encadernado e com as capas de origem.
Com Ex-Libris Veritas Institia.