"Terra com Sede" de Papiniano Carlos - 2ª Edição de 1969

"Terra com Sede" de Papiniano Carlos - 2ª Edição de 1969

"Terra com Sede"
de Papiniano Carlos

2ª Edição de 1969
Editorial Inova - Porto
Coleção Metamorfoses
214 Páginas

"Algumas das suas personagens, brutais, toscas, que nos surgem, de tão vivas, arrancadas, ao sangue da terra e da vida, como o Velho Engenho ficam connosco para sempre.Não sei de melhor elogio para caracterizar os contos de Papiniano Carlos na hora em que os amigos muito justamente lhe querem dizer o seu afecto e agradecer-lhe o verdadeiro hino ao camponês, já tão longe do nosso tempo, que a sua obra foi."
Urbano Tavares Rodrigues
"Todo um mundo real e doloroso, flagrantemente português, miseravelmente português, lateja nas suas páginas."
Fidelino de Figueiredo

"(...) um contista de excepcional talento. O poeta Papiniano Carlos revela-se um prosador de mérito. Os aproveitamentos que faz da linguagem popular, não só nas expressões mas até na fonética, enriquecem o léxico e revelam a confraternização do autor com as suas personagens, pois nem sempre surgem na boca delas."
Jaime Brasil

" "Eu sou o Chico Miana" é a criação de um herói popular, que o contista levanta com poder, com audácia, com mestria. Depois de "O Malhadinhas" de Aquilino jamais li alguém, entre nós, que conseguisse revelar com tanta pujança um herói popular."
António Ramos de Almeida

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Escritor português, nasceu em Lourenço Marques (atualmente Maputo), capital de Moçambique, no ano de 1918. Divulgador incansável da poesia africana de expressão portuguesa, foi colaborando em publicações literárias que vieram a assumir um carácter de importância, como sendo a Seara Nova, a Vértice, a Bandarra e as Notícias do Bloqueio, que eventualmente dirigiu. Em 1942 publicou o seu primeiro livro, uma coletânea de poemas intitulada Esboço que, com os volumes que seguiram, como Ó Lutador (1944), Poema da Fraternidade (1945), Estrada Nova (1946), o tornaram num nome de destaque de entre os poetas neorrealistas portuenses. Estreou-se como contista em 1946, ao publicar Terra com Sede, prosseguindo as suas contribuições para o género com o híbrido As Florestas e os Ventos (1952). Com uma obra poética bastante dispersa, caracterizada pela riqueza anafórica e pela redundância simbólica, compilou ainda alguns volumes de sucesso, como Caminhemos Serenos (1957), Uma Estrela Viaja na Cidade (1958) e o célebre A Menina Gotinha de Água (1962), vocacionado para o público infantil, pelo qual Papiniano Carlos nutria grande estima. Também para crianças compôs Luisinho e as Andorinhas (1977), O Cavalo das Sete Cores e o Navio (1980), O Grande Lagarto da Pedra Azul (1986) e A Viagem de Alexandra (1989). De referir também o seu único romance, O Rio na Treva (1975), e uma crónica, A Rosa Noturna (1961).

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Etiquetas: Literatura

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