"Polícias Sem História" de Francisco Moita Flores - 1ª Edição de 1996
"Polícias Sem História" de Francisco Moita Flores - 1ª Edição de 1996
Preço: 8 €
"Polícias Sem História" de Francisco Moita Flores - 1ª Edição de 1996
"Polícias Sem História"
de Francisco Moita Flores
1ª Edição de 1996
Editorial Notícias
166 Páginas
Um olhar irónico sobre a vida do ponto de vista dos polícias e não só...
Teve o direito a votar e votou. O direito de comprar o carro a prestações e comprou. A adquirir casa com o juro bonificado e adquiriu. A ir ao médico e escolher se queria consulta com recibo verde e escolheu. Mas, sublimidade de todas as coisas sublimes, teve direito ao protesto e não protestou. A fazer greve e não fez. A revoltar-se contra a arrogância e preferiu o silêncio. A reagir à injustiça e quedou-se atormentado. A indignar-se contra a hipocrisia e morder a raiva até espirrar sangue. Foi solidário. Todos os domingos dava esmola a um mendigo e, ainda que por medo, nunca deixou sem gorjeta um arrumador de carros. Deus deu-lhe o nome de Ernesto. O Diabo fez dele polícia.
EXCERTO
«Vão pensar que é embirração, mas não é. Numa história de polícias, o legislador está sempre tão presente como Jesus Cristo num catecismo para crianças. É que o legislador não conhece a Musqueira nem o bairro da Sé. Legisla num confortável gabinete, que os espíritos querem-se confortáveis e confortados. E, por amor de Deus?!, não faz sentido que a inteligência, esse produto milagroso e raro que habita togas respeitáveis, entre nos tugúrios fétidos e escuros do Casal Ventoso. Isso é coisa para polícias, brutos e malcheirosos, ordinários por nascimento e dactilógrafos de pacotilha por opção. Sejamos sérios e ponhamo-nos cada um no seu devido lugar. A justiça é um dom de Deus, polícias e criminosos, um vómito do Diabo num dia em que acordou ressacado.»
---
Francisco Moita Flores é reconhecido do público pela sua obra literária e pelo seu trabalho como dramaturgo para televisão, cinema e teatro. Tem uma vasta obra publicada e produzida; os romances: Mataram o Sidónio!, A Fúria das Vinhas, o Bairro da Estrela Polar, entre muitos, e séries: A Ferreirinha, o Processo dos Távora, Alves dos Reis, João Semana, Quando os Lobos Uivam.
Considerado pela crítica como o melhor argumentista do país, foi distinguido em Portugal e no estrangeiro pela qualidade da sua obra, foi condecorado pelo Presidente da República com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante pela carreira literária e pública. Colaborador em vários órgãos como comentador tem marcado a sua intervenção pelo rigor e clareza com que aborda os temas da sua especialidade.
ESGOTADO NESTA EDIÇÃO
COMO NOVO - PORTES GRÁTIS
de Francisco Moita Flores
1ª Edição de 1996
Editorial Notícias
166 Páginas
Um olhar irónico sobre a vida do ponto de vista dos polícias e não só...
Teve o direito a votar e votou. O direito de comprar o carro a prestações e comprou. A adquirir casa com o juro bonificado e adquiriu. A ir ao médico e escolher se queria consulta com recibo verde e escolheu. Mas, sublimidade de todas as coisas sublimes, teve direito ao protesto e não protestou. A fazer greve e não fez. A revoltar-se contra a arrogância e preferiu o silêncio. A reagir à injustiça e quedou-se atormentado. A indignar-se contra a hipocrisia e morder a raiva até espirrar sangue. Foi solidário. Todos os domingos dava esmola a um mendigo e, ainda que por medo, nunca deixou sem gorjeta um arrumador de carros. Deus deu-lhe o nome de Ernesto. O Diabo fez dele polícia.
EXCERTO
«Vão pensar que é embirração, mas não é. Numa história de polícias, o legislador está sempre tão presente como Jesus Cristo num catecismo para crianças. É que o legislador não conhece a Musqueira nem o bairro da Sé. Legisla num confortável gabinete, que os espíritos querem-se confortáveis e confortados. E, por amor de Deus?!, não faz sentido que a inteligência, esse produto milagroso e raro que habita togas respeitáveis, entre nos tugúrios fétidos e escuros do Casal Ventoso. Isso é coisa para polícias, brutos e malcheirosos, ordinários por nascimento e dactilógrafos de pacotilha por opção. Sejamos sérios e ponhamo-nos cada um no seu devido lugar. A justiça é um dom de Deus, polícias e criminosos, um vómito do Diabo num dia em que acordou ressacado.»
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Francisco Moita Flores é reconhecido do público pela sua obra literária e pelo seu trabalho como dramaturgo para televisão, cinema e teatro. Tem uma vasta obra publicada e produzida; os romances: Mataram o Sidónio!, A Fúria das Vinhas, o Bairro da Estrela Polar, entre muitos, e séries: A Ferreirinha, o Processo dos Távora, Alves dos Reis, João Semana, Quando os Lobos Uivam.
Considerado pela crítica como o melhor argumentista do país, foi distinguido em Portugal e no estrangeiro pela qualidade da sua obra, foi condecorado pelo Presidente da República com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante pela carreira literária e pública. Colaborador em vários órgãos como comentador tem marcado a sua intervenção pelo rigor e clareza com que aborda os temas da sua especialidade.
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Etiquetas: Literatura
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