"Obras Completas de Ferreira de Castro" - 4 Volumes em Papel Bíblia
de Ferreira de Castro

3ª Edição de 1979
Lello & Irmão Editores
1222 + 1452 + 1196 + 1384 Páginas
Encadernações do editor em pele com gravações decoradas a ouro nas lombadas e nas pastas anteriores e marcador de páginas em tecido vermelho

Esta é a obra completa de Ferreira de Castro numa elegante edição de quatro volumes em papel bíblia, com encadernação editorial gravada a ouro. Entre os muitos textos apresentados, inclui as obras que marcaram o trabalho do reconhecido ficcionista: Emigrantes, A Selva, A Volta ao Mundo, A Lã e a Neve, As Maravilhas Artísticas do Mundo, entre outros. Ferreira de Castro é uma das grandes referências da literatura nacional, tendo sido inúmeras vezes apontado como candidato ao Prémio Nobel da Literatura. Um ano antes da sua morte, em 1975, a UNESCO declararia A Selva um dos 10 romances mais lidos mundialmente. Publicada em 1930, esta obra sobre a aventura da exploração da borracha na selva do Brasil, recebeu críticas positivas no The New York Times, sendo considerada por muitos como uma obra-prima da literatura moderna. Emigrante e viajante que deu a volta ao mundo, descrevendo as suas culturas e maravilhas artísticas, jornalista, mas sobretudo ficcionista, Ferreira de Castro é ainda nos nossos dias um dos autores com maior obra traduzida em todo o mundo.

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José Maria Ferreira de Castro nasceu em Ossela, Oliveira de Azeméis, a 24 de maio de 1898. Oriundo de uma família de camponeses pobres, fica órfão de pai aos oito anos e emigra, em 1911, com doze anos e a instrução primária, para o Brasil. Por algumas semanas trabalha em Belém do Pará, mas não tarda a ser expedido para o interior da selva amazónica. Permanece ali quase quatro anos, tempo em que escreve contos e crónicas que envia para jornais do Brasil e de Portugal. Com 14 anos redige Criminoso por Ambição, o seu primeiro romance que, mais tarde, aquando do seu regresso a Belém do Pará, em 1916, publica em fascículos e vende de porta em porta. Lança-se igualmente no jornalismo, colaborando assiduamente em jornais e revistas do Brasil.
Já senhor de grande fama no jornalismo brasileiro, decide, após o intenso contacto com os seus compatriotas lhe ter feito renascer as saudades da pátria, regressar a Portugal em 1919 com apenas quatrocentos escudos no bolso. O êxito obtido no Pará é, contudo, totalmente ignorado em Portugal. Vive períodos de absoluta miséria e passa dias inteiros sem comer quando reinicia a sua dupla faina de repórter e escritor. Em 1934, decidirá abandonar o jornalismo, devido à censura prévia nos tempos difíceis da ditadura.
Ferreira de Castro foi, por diversas vezes, proposto para o Prémio Nobel e, por outras, recusou sê-lo, em detrimento de outros escritores portugueses.
Ferreira de Castro morre no Porto a 29 de junho de 1974. Apenas um ano antes a UNESCO anunciava que «A Selva» estava entre os dez romances mais lidos em todo o mundo.

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