"O Valete de Espadas" de Gerardo Mello Mourão - 1ª Edição de 1976

"O Valete de Espadas" de Gerardo Mello Mourão - 1ª Edição de 1976

"O Valete de Espadas"
de Gerardo Mello Mourão

1 Edição de 1976
Livraria Bertrand
Coleção Latinamérica
208 Páginas

O Valete de Espada, escrito na década de 1940, durante os anos em que Gerardo Mello Mourão, passou nas prisões do Estado Novo, ficou doze anos inédito e desconhecido, não fosse sua esposa ter enviado os originais clandestinamente ao Diário de Notícias, em 1955. O romance desde então é considerado pela crítica brasileira um dos mais importantes da literatura nacional. Pois trata com uma linguagem de alta voltagem poética e densidade simbólica, o fato de o homem estar inapelavelmente perdido sobre a terra, já que distraído de si mesmo e de Deus. A personagem Gonçalo Falcão de Val-de-Cães faz uma verdadeira viagem aos infernos, tão intrigante como a de Homero, Dante e de toda uma elevada linhagem literária. Belo e tenso, não à toa O Valete de Espada foi vertido para inúmeras línguas e seu autor indicado ao Nobel de Literatura. A Coleção Letra de Bolso apresenta um livro desafiador, que exporá seus leitores diante da dramática condição de ser, do mundo, do tempo.

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Gerardo Majella Mello Mourão, mais conhecido como Gerardo Mello Mourão (Ipueiras, 8 de janeiro de 1917 Rio de Janeiro, 9 de março de 2007) foi um poeta, ficcionista, político, jornalista, tradutor, ensaísta e biógrafo brasileiro, considerado figura-chave tanto da epopeia nacional quanto de toda literatura lusófona. Mello Mourão foi amplamente premiado, chegando a concorrer ao Prêmio Nobel de Literatura por indicação do Universidade do Estado de Nova York.

Suas obras mais famosas são Invenção do Mar, com a qual venceu o Prêmio Jabuti, e a trilogia Os Peãs. A respeito desta trilogia, Ezra Pound comentou: "em toda minha obra, o que tentei foi escrever a epopeia da América. Creio que não consegui. Quem o conseguiu foi o poeta de O país dos Mourões". Mourão foi elogiado e reconhecido por nomes como Jorge Luis Borges, Carlos Drummond de Andrade, Antonio Houaiss, Nélida Piñon, Alfredo Bosi, Dora Ferreira da Silva, Wilson Martins e Antônio Cândido.

Sua vida particular foi marcada por inúmeras prisões, dado seu envolvimento com os movimentos ideológicos do século XX. Durante sua juventude, aderiu ao integralismo e, mais tarde, foi acusado de colaborar com o comunismo. Durante a ditadura de Getúlio Vargas, Mello Mourão foi preso 18 vezes. Já no período da Ditadura militar brasileira, foi levado à inquérito e torturado, dessa vez sob acusação de contribuição com os comunistas.

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Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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