"MARIA" de José Craveirinha - 1ª Edição de 1998

"MARIA" de José Craveirinha - 1ª Edição de 1998

"MARIA"
de José Craveirinha

1ª Edição de 1998
Editorial Caminho
254 Páginas

«Nesta edição que alguns aceitarão como sendo a segunda não seria justo da minha parte omitir uma questão: a de uma comum paternidade dela, a edição. É que, não fora a voluntária e abnegada colaboração de alguns amigos, muito provavelmente boa percentagem de poemas inéditos agora surgidos a lume não apareceriam tão cedo, se é que apareceriam alguma vez, a não ser a título póstumo, como são os casos do Rui de Noronha e do Reinaldo Ferreira, por exemplo. Assim, foi graças aos amigos que, poema aqui, poema ali, uns acabados, outros a meio, alguns esboçados, bastantes por corrigir e ainda outros desencantados de gavetas, cadernos, agendas, papéis soltos, etc. me foi possível recuperá-los, isto contra o já muito proverbial laxismo com que há muito enfermo, nisso de pensar, fazer, organizar e... editar-me. Por isso uma explicação relativamente a este novo «Maria» que não é propriamente uma segunda edição mas outro «Maria», já que resulta do que fui anotando ao longo do tempo, desde a lancinante «partida» da Maria, em Outubro de 1979, mais para tentar preencher as lacunas da saudade do que fazer obra literária. O «Maria» balada inteira aí está. É a minha homenagem, a minha eterna grande dívida por saldar tudo quanto Maria significou e sempre significará para mim. E encerro este pórtico, concordando com todos aqueles que, nesta colectânea, mais deparem com uma maneira intimista de render justo preito à memória de um ente muito querido e menos como um exercício de escrita literariamente conseguido ou poeticamente literário». Este é um extracto de «Maria», um belíssimo livro de José Craveirinha que a Caminho se orgulha de editar.

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Escritor moçambicano, José Craveirinha nasceu a 28 de Maio de 1922, em Lourenço Marques (actual Maputo), e faleceu a 6 de Fevereiro de 2003, na África do Sul. Filho de pai algarvio cuja família partira para Moçambique em 1908 em busca de fortuna, estudou na escola "Primeiro de Janeiro", pertencente à Maçonaria. Ainda adolescente, começou a frequentar a Associação Africana. Colaborou n'O Brado Africano , que tratava de assuntos de carácter local e que dissessem principalmente respeito à faixa da população mais desprotegida. Fez campanha contra o racismo no Notícias , onde trabalhava, tendo sido o primeiro jornalista oficialmente sindicalizado. Em 1958, começou a trabalhar também na Imprensa Nacional. Continuou no Notícias até à fundação do jornal A Tribuna , em 1962. Entre 1964 e 1968 esteve preso, em virtude da sua ligação à FRELIMO, mas teve a oportunidade de conhecer na prisão o pintor Malangatana.
Começou a escrever cedo, mas a sua poesia demorou a ser publicada. Em Lisboa, a primeira obra a surgir foi Xigubo , em 1964, através da Casa dos Estudantes do Império. A partir de determinada altura, a consciência política do autor passou a reflectir-se em obras como O Grito e O Tambor .
Escritor de ligações afectivas com Portugal, foi-lhe atribuído o Prémio Camões em 1991 e recebeu condecorações dos presidentes de Portugal e de Moçambique, Jorge Sampaio e Joaquim Chissano respectivamente.
Vice-presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa, escritor galardoado com o prémio "Vida Literária" da Associação de Escritores Moçambicanos, foi homenageado no dia 28 de Maio de 2002, na sequência da iniciativa do governo moçambicano em consagrar o ano de 2002 a José Craveirinha.

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Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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