"Histórias Vividas" de Diamantino Viseu - 1ª Edição de 1994

"Histórias Vividas" de Diamantino Viseu - 1ª Edição de 1994

"Histórias Vividas"
de Diamantino Viseu

1ª Edição de 1994
TVGuia Editora
208 Páginas

Diamantino Francisco Martins Viseu (Lisboa, 1924 Lisboa, 12 de fevereiro de 2001) foi um matador de toiros português.

Sem qualquer relação com o toureio, interessou-se por esta arte já perto da idade adulta, ao conhecer um amigo que frequentava a Escola de Tauromaquia da Praça de Touros do Campo Pequeno, onde era instrutor o antigo bandarilheiro Júlio Procópio. Entusiasmou-se de tal modo que passou a acalentar o sonho de se tornar matador de touros.

Enfrentou vacas na Feira Popular de Lisboa e atuou algumas vezes como bandarilheiro amador, na praça de touros de Algés e na Feira dos Saldos, no Porto, cujas atuações recordaria, anos depois, pelos barbeiros já corridos que o colheram. Até que, por intermédio dum bandarilheiro espanhol chamado Puntaré, conseguiu rumar a Espanha para concretizar o seu sonho; nessa altura Salazar já havia proibido e previsto coimas para as corridas com touros de morte em Portugal.

Com efeito, aquele que viria a ser o primeiro matador de touros de nacionalidade portuguesa, debutou como novilheiro em Espanha, na praça de toiros de Toledo, corria o ano de 1944.

Já em 1945, depois de uma mal sucedida apresentação em Santarém, conseguiu um triunfo numa corrida realizada na Palha Blanco, em Vila Franca de Xira, em que alternou, entre outros, com Cayetano Ordoñez, El Niño de la Palma II. O bom desempenho de Diamantino nesta corrida levou a que surgisse um movimento, liderado pelo Grupo Tauromáquico Sector 1, que recolheu assinaturas e solicitou à empresa concessionária da Real Maestranza de Caballería de Sevilha a oportunidade para o jovem novilheiro aí se apresentar, já com picadores.

O movimento surtiu efeito em 1946, de novo em Espanha, debutava com picadores na Real Maestranza de Sevilha, por ocasião da Feira de Abril; cortou uma orelha e iniciou uma trajetória de franco sucesso como novilheiro, sendo um dos mais solicitados em Espanha, no resto da temporada de 1946 e no princípio da temporada de 1947.

Em 1947, receberia, finalmente, a alternativa de matador de toiros, a 23 de março. O palco foi a Monumental de Barcelona, sendo seu padrinho Francisco Vega de los Reyes, Gitanillo de Triana, e testemunhas Agustin Parra, Parrita, e António Bienvenida. Lidou nessa tarde o toiro Comerciante, da ganadaria Juliana Calvo Albaserrada. Em 15 de julho do mesmo ano foi confirmá-la a Las Ventas, Madrid, com Pepe Bienvenida.

Também no mesmo ano, a 21 de dezembro, apresentou-se na El Toreo, na Cidade do México.

Uma das principais figuras portuguesas do toureio apeado, foi rival de arenas de Manuel dos Santos, formando com este o cartel mais disputado de sempre do toureio a pé em Portugal. Em 1958 protagonizou o filme Sangue Toureiro, contracenando com Amália Rodrigues.

A 31 de março de 1972, foi agraciado com o grau de Oficial da Ordem de Benemerência.

Retirou-se em 24 de agosto de 1972, na Monumental do Campo Pequeno.

A 20 de junho de 1987, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Mérito.

Publicou Memórias de um toureiro, em 1993.

Morreu a 12 de fevereiro de 2001, vítima de atropelamento, numa passagem de peões não sinalizada, na Avenida de Berna, em Lisboa.

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Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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