"Fátima" de António Botto - 1ª Edição de 2008
"Fátima" de António Botto - 1ª Edição de 2008
Preço: 10 €
"Fátima" de António Botto - 1ª Edição de 2008
"Fátima"
de António Botto
Edição, cronologia e introdução de Eduardo Pitta
1ª Edição de 2008
Quasi Edições
Obras Completas de António Botto
88 Páginas
Em 1955, António Botto publicou Fátima. Poema do Mundo. Fê-lo no Brasil, no âmbito do XXXVI Congresso Eucarístico, o que dá a medida da profunda crise de religiosidade que o acompanhou nos últimos anos de vida. Se nos lembrarmos que a reunião dos seus contos para a infância, em 1942, assumira o beneplácito explícito da hierarquia da Igreja «Aprovados em Portugal por Sua Eminência o Cardeal Patriarca», lê-se no frontispício do volume , Fátima surge como corolário dessa revisão de vida e obra. Com efeito, neste poema, o esteta sensualista de Pequenas Esculturas (1925) dá lugar ao crente face à expiação, alguém que, vamos supor, tendo lido Heidegger, sabe que o homem «não está apenas carregado de erros, está em falta». Também do ponto de vista formal a mudança foi nítida, uma vez que Fátima cede às exigências da métrica tradicional. Refira-se, a título de curiosidade, que o autor assinou a obra como António Boto, com supressão do duplo t, como optara por fazer desde que em 1947 se expatriou no Brasil.
---
António Botto nasceu em 1897 no concelho de Abrantes, em meio proletário, e ainda em criança foi viver para Lisboa. A sua estreia literária dá-se em 1921, ano em que é publicada a primeira edição de Canções, com prefácio de Teixeira de Pascoaes, obra inovadora na lírica portuguesa e que na época causou grande polémica pelo seu teor explicitamente homossexual. Além de poeta, Botto foi também contista e dramaturgo. Os seus contos infantis foram traduzidos para inglês (1935) e irlandês (1941), e parte da sua obra poética foi traduzida por Fernando Pessoa com o título Songs, em 1948. Pessoa foi também seu editor e defensor crítico, tendo o ensaio «António Botto e o Ideal Estético em Portugal» (Contemporânea, 1922) influenciado fortemente a receção crítica da sua poesia. Ostracizado em Portugal, Botto radicou-se no Brasil em 1947, onde passou tempos muito difíceis, vindo a morrer de atropelamento no Rio de Janeiro, em 1959.
ESGOTADO NAS LIVRARIAS
NOVO - PORTES GRÁTIS
de António Botto
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Em 1955, António Botto publicou Fátima. Poema do Mundo. Fê-lo no Brasil, no âmbito do XXXVI Congresso Eucarístico, o que dá a medida da profunda crise de religiosidade que o acompanhou nos últimos anos de vida. Se nos lembrarmos que a reunião dos seus contos para a infância, em 1942, assumira o beneplácito explícito da hierarquia da Igreja «Aprovados em Portugal por Sua Eminência o Cardeal Patriarca», lê-se no frontispício do volume , Fátima surge como corolário dessa revisão de vida e obra. Com efeito, neste poema, o esteta sensualista de Pequenas Esculturas (1925) dá lugar ao crente face à expiação, alguém que, vamos supor, tendo lido Heidegger, sabe que o homem «não está apenas carregado de erros, está em falta». Também do ponto de vista formal a mudança foi nítida, uma vez que Fátima cede às exigências da métrica tradicional. Refira-se, a título de curiosidade, que o autor assinou a obra como António Boto, com supressão do duplo t, como optara por fazer desde que em 1947 se expatriou no Brasil.
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António Botto nasceu em 1897 no concelho de Abrantes, em meio proletário, e ainda em criança foi viver para Lisboa. A sua estreia literária dá-se em 1921, ano em que é publicada a primeira edição de Canções, com prefácio de Teixeira de Pascoaes, obra inovadora na lírica portuguesa e que na época causou grande polémica pelo seu teor explicitamente homossexual. Além de poeta, Botto foi também contista e dramaturgo. Os seus contos infantis foram traduzidos para inglês (1935) e irlandês (1941), e parte da sua obra poética foi traduzida por Fernando Pessoa com o título Songs, em 1948. Pessoa foi também seu editor e defensor crítico, tendo o ensaio «António Botto e o Ideal Estético em Portugal» (Contemporânea, 1922) influenciado fortemente a receção crítica da sua poesia. Ostracizado em Portugal, Botto radicou-se no Brasil em 1947, onde passou tempos muito difíceis, vindo a morrer de atropelamento no Rio de Janeiro, em 1959.
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- TipoVenda
- ConcelhoCascais
- FreguesiaCarcavelos e Parede
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Etiquetas: Literatura
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