Capital Social, Economia Social e Qualidade da Democracia em Portugal - JORGE de SÁ / CONCEIÇÃO PEQUITO
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Capital Social, Economia Social e Qualidade da Democracia em Portugal JORGE de SÁ / CONCEIÇÃO PEQUITO Campo da Comunicação Z11/Z17 Se, tal como escreveu na Democracia na América, ainda na primeira metade do século XIX, Alexis de Tocqueville via nas associações dos Estados Unidos da América um meio de integração social e uma forma de sensibilização e preparação cívica para os assuntos públicos, também Robert Putnam, mais de cento e cinquenta anos depois, relacionava o associativismo com a democracia através do conceito de capital social . Uma sociedade é tanto mais vigorosa, quanto mais elevado for o seu stock de capital social, fonte e resultado de grupos de pessoas concretas organizadas horizontalmente em cooperativas, mutualidades, associações culturais, recreativas ou assistenciais, fundações contribuindo positivamente para o bom desempenho das instituições democráticas. O quadro de mal-estar da democracia contemporânea, para o qual alertou Putnam em 2000 (lendo, então, os indícios de apatia, de indiferença e de desafeição face à política, o declínio da mobilização cívica e a crescente desconfiança e ceticismo em relação à atuação das instituições e atores políticos) não poderia levar em linha de conta o desenvolvimento de novas formas de participação política, menos convencionais, que, embora já então presentes, não eram tão visíveis como hoje, quinze anos depois. Cidadãos críticos , assertivos ou indignados , partilhando juventude, elevada escolaridade e valores pós-materialistas, vieram colocar novos desafios à oferta política de que são expressão recente os resultados eleitorais na Grécia ou em Espanha. Se o conceito de capital social aparece ligado às condições inerentes ao bom funcionamento da democracia, colocando a ênfase na sociedade civil e nas condições da sua mobilização política, ele aparece igualmente associado à forma de equacionar a relação entre o Estado, a economia e a sociedade na provisão de bens sociais, num momento histórico marcado pela crise do Estado Social na Europa, que leva a equacionar a sua reconfiguração ou desmantelamento em resultado da atual crise económica e financeira. Um debate que se tornou particularmente relevante em Portugal. o livro dos professores Jorge de Sá e Conceição Pequito tem o mérito de abordar o capital social como noção teórica, revisitando autores fundamentais e permitindo entender o seu valor atual à luz da evolução de um pensamento sociológico e económico. Mas tem, também, a habilidade de inovar, acrescentando uma outra vertente de reflexão, ao relacionar o capital social com a economia social, entendendo esta como o húmus potencializador de uma cidadania verdadeiramente participativa. O que decorre da análise deste precioso contributo, é que a promoção da rede de relações colaborativas e integradas, que se cristalizam nas expressões organizadas da sociedade civil, constituiu um pressuposto e uma legitimação fundamentais para a democracia. Na conjuntura difícil que atravessamos, em que as estruturas clássicas de organização social, económica e política são questionadas e demonstram, a cada dia, a falência dos seus modelos de governação, repristinar o capital social, alicerçado nas pessoas e nas suas capacidades de
*** Importação em 21 Sep 2022 14:00 ***
Capital Social, Economia Social e Qualidade da Democracia em Portugal JORGE de SÁ / CONCEIÇÃO PEQUITO Campo da Comunicação Z11/Z17 Se, tal como escreveu na Democracia na América, ainda na primeira metade do século XIX, Alexis de Tocqueville via nas associações dos Estados Unidos da América um meio de integração social e uma forma de sensibilização e preparação cívica para os assuntos públicos, também Robert Putnam, mais de cento e cinquenta anos depois, relacionava o associativismo com a democracia através do conceito de capital social . Uma sociedade é tanto mais vigorosa, quanto mais elevado for o seu stock de capital social, fonte e resultado de grupos de pessoas concretas organizadas horizontalmente em cooperativas, mutualidades, associações culturais, recreativas ou assistenciais, fundações contribuindo positivamente para o bom desempenho das instituições democráticas. O quadro de mal-estar da democracia contemporânea, para o qual alertou Putnam em 2000 (lendo, então, os indícios de apatia, de indiferença e de desafeição face à política, o declínio da mobilização cívica e a crescente desconfiança e ceticismo em relação à atuação das instituições e atores políticos) não poderia levar em linha de conta o desenvolvimento de novas formas de participação política, menos convencionais, que, embora já então presentes, não eram tão visíveis como hoje, quinze anos depois. Cidadãos críticos , assertivos ou indignados , partilhando juventude, elevada escolaridade e valores pós-materialistas, vieram colocar novos desafios à oferta política de que são expressão recente os resultados eleitorais na Grécia ou em Espanha. Se o conceito de capital social aparece ligado às condições inerentes ao bom funcionamento da democracia, colocando a ênfase na sociedade civil e nas condições da sua mobilização política, ele aparece igualmente associado à forma de equacionar a relação entre o Estado, a economia e a sociedade na provisão de bens sociais, num momento histórico marcado pela crise do Estado Social na Europa, que leva a equacionar a sua reconfiguração ou desmantelamento em resultado da atual crise económica e financeira. Um debate que se tornou particularmente relevante em Portugal. o livro dos professores Jorge de Sá e Conceição Pequito tem o mérito de abordar o capital social como noção teórica, revisitando autores fundamentais e permitindo entender o seu valor atual à luz da evolução de um pensamento sociológico e económico. Mas tem, também, a habilidade de inovar, acrescentando uma outra vertente de reflexão, ao relacionar o capital social com a economia social, entendendo esta como o húmus potencializador de uma cidadania verdadeiramente participativa. O que decorre da análise deste precioso contributo, é que a promoção da rede de relações colaborativas e integradas, que se cristalizam nas expressões organizadas da sociedade civil, constituiu um pressuposto e uma legitimação fundamentais para a democracia. Na conjuntura difícil que atravessamos, em que as estruturas clássicas de organização social, económica e política são questionadas e demonstram, a cada dia, a falência dos seus modelos de governação, repristinar o capital social, alicerçado nas pessoas e nas suas capacidades de
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