Tomaz de Figueiredo - Nó Cego (1.ª ed./1950)

Tomaz de Figueiredo - Nó Cego (1.ª ed./1950)

NÓ CEGO. Romance. *** Tomaz de Figueiredo *** Lisboa: Guimarães & C. Editores, 1950. (19 x 12 cm.) com 391 + [5] pp. Encadernado, conservando a capa da frente original. Exemplar razoável. Provável encadernação editorial em material sintético vermelho, tendo gravados na lombada (lisa) o nome do autor, o título e motivos ornamentais em dourado. Encadernação com pequenas marcas de manuseamento e os dourados um pouco sumidos, mas, de um modo geral, ainda em bom estado e limpa. Capa original um pouco envelhecida, com algumas pequenas manchas de acidez e algo amarelecida. Apesar de tudo, globalmente, encontra-se ainda apresentável. Páginas bem conservadas e limpas, embora apresentem um tom amarelecido (um pouco mais forte nas margens), próprio do papel, e algumas pequenas manchas de acidez (quase só nas primeiras e nas últimas). *** Primeira edição deste muito interessante romance que retrata a geração coimbrã da revista presença, da qual o Autor fez parte, embora nunca aderindo ao grupo. Escreveu a este propósito e sobre este livro João Bigotte Chorão: «Tomaz de Figueiredo é coevo da geração da Presença (a revista onde só uma vez colaborou), geração que retrata nesse roman a clef que tem por título Nó Cego, em que, sob nomes supostos, aparecem protagonistas como José Régio (Solas), João Gaspar Simões (Lucas Pires), Edmundo de Bettencourt (Alberto da Câmara), António de Navarro (Abraão), Branquinho da Fonseca (Albino Fontes), Fausto José (Félix). Ele próprio, Tomaz de Figueiredo, se auto-retrata sob o nome de Francisco de Sá. E um poeta mais velho, mas que sobre a geração da Presença exerceu indubitável magistério, Afonso Duarte, aparece no romance como Manuel Filipe. A própria Presença é designada por Sempre, enquanto publicações também coimbrãs, e que, por assim dizer, a anunciaram, como Byzâncio e Tríptico, se chamam Zimbório e Álbum. Da geração da Presença, Tomaz de Figueiredo, como Vitorino Nemésio, não é, porém, um escritor presencista, quer dizer, não fazia inteiramente seu o ideário da revista. Não que ficasse indiferente à proposta de Régio de uma literatura mais viva que livresca, nem que se fechasse à modernidade que fosse tentativa de renovação dos cânones clássicos. Frequentava os clássicos, conhecia melhor Vieira do que Proust, mas lia também escritores modernos, aqueles que não se contentam de representar sempre o triste papel de epígonos. *** Portes: envio gratuito em correio normal (tarifa especial para livros) * envio em correio registado: 1,70
Etiquetas: Literatura

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