Tragédia Burguesa - VIII: O RETRATO DA MORTE. (OS RENEGADOS - II). Romance. *** Otavio de Faria *** Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editôra, 1961. (23 x 14 cm.) com [8] + 433 + [3] pp. Ilustrado com um pequeno retrato do Autor a p/b. Capa flexível, com badanas. Exemplar razoável. Capa com marcas de manuseamento, algumas manchas e bastante gasta e amachucada nas margens e na lombada, onde apresenta mesmo alguns pequenos rasgões e a perda de pedacinhos da superfície colorida do papel. Apesar de envelhecida e um pouco cansada, de um modo geral, está ainda apresentável. Páginas em relativo bom estado, embora se encontrem ligeiramente amarelecidas e apresentem pequenas manchas ocasionais (pouco frequentes e pouco importantes). Várias páginas, na parte inicial do livro, apresentam, no entanto, estranhas anotações marginais e pequenos sublinhados que, embora não dificultem a leitura, prejudicam claramente o seu aspecto. *** Primeira edição deste romance, o oitavo da monumental série Tragédia Burguesa, composta por treze romances (num total de quinze volumes), publicados entre 1937 e 1979, cada um dos quais pode ser lido independentemente dos demais. Constitui não apenas a mais importante obra do Autor, como um dos mais notáveis empreendimentos de toda a literatura de língua portuguesa. Como se lê na resenha de uma edição recente da obra: «A Tragédia Burguesa é o enorme painel de um segmento da sociedade e, mais que isso, o perfil psicológico de toda uma geração de adolescentes, que se preparam para a vida no intervalo de duas guerras mundiais. Destaca-se neles o afastamento da religião cristã e a crescente busca de prazeres materiais. Privilegiando a análise psicológica, dando-lhe um realce absoluto, o autor despreza a descrição da paisagem e dos ambientes, a fim de manter a atenção sobre questões de maior relevo, como os embates entre a virtude e o pecado, o Bem e do Mal, oposição consubstanciada, respectivamente, nos personagens Branco Barros e Pedro Borges. Mas, conforme julga, as mazelas da classe social a que pertence a burguesia têm como origem um afastamento da religião, a sociedade lhe parece em decadência, o que se verifica no relaxamento dos costumes e da moral, na vida mundana sem Deus, enfim, em vários sintomas que fazem dessa decadência não apenas um fato social relevante, mas uma verdadeira tragédia. Invulgar. *** Portes: envio gratuito em correio normal (tarifa especial para livros) * envio em correio registado: 1,70