A DEUSA SÍRIA. *** Luciano *** Tradução e notas de Lôbo Vilela *** Lisboa: Editorial "Inquérito" L.da, 1939. Colecção: Cadernos "Inquérito" - 28; Série C - Filosofia e Religião - 4. (19 x 12,5 cm.) com 73 + [7] pp. Capa flexível. Exemplar razoável. Capa com marcas de manuseamento, algumas manchas, ligeiramente empoeirada e um pouco gasta nas margens e na lombada. Globalmente, apesar de algo envelhecida, está ainda bastante apresentável. Páginas, de um modo geral, em bom estado e limpas, embora apresentem um tom amarelecido (um pouco mais forte nas margens) e algumas manchas de acidez (não muito frequentes), devendo-se tudo, fundamentalmente, à qualidade do papel. *** Primeira edição deste texto atribuído, com reservas, ao filósofo grego Luciano de Samósata, mas de fundamental importância para o conhecimento das crenças e práticas religiosas dominantes no século II da nossa era e constituindo também, na óptica do Professor Moisés Espírito Santo, um valioso subsídio para uma melhor compreensão das origens do cristianismo português. A este respeito lê-se no texto introdutório: «É duvidoso que seja Luciano o autor do opúsculo A deusa da Síria cuja tradução constitue o presente Caderno Inquérito. Faltam-lhe efectivamente as características literárias de Luciano. O autor expõe as crenças mais estranhas[,] as mais ridículas práticas supersticiosas e os milagres mais absurdos com um tom de seriedade que não se harmoniza com o espírito irónico e subtil de Luciano. No entanto, alguns críticos como Wieland e Lehmann julgam descobrir nele uma oculta ironia e atribuem-no a Luciano. Seja porém como fôr, o certo é que êste opúsculo constitue um interessante e elucidativo documentário das crenças e práticas religiosas dominantes no século II da nossa era, constituindo um dos raros documentos que chegaram até nós. E embora o estilo não tenha a riqueza e variedade do de Luciano, é claro, sóbrio e agradável. O ensaio sôbre o Luto que incluímos neste Caderno é que melhor nos revela o espírito de Luciano, liberto de preconceitos religiosos, inspirado nas ideias dos epicuristas e cínicos. Através dêle se ficam conhecendo as cerimónias fúnebres, em uso. Presume-se que êste ensaio tenha sido escrito durante a permanência de Luciano no Egito. *** Portes: envio gratuito em correio normal (tarifa especial para livros) * envio em correio registado: 1,70