António Ferro - Mar Alto (1924) Peça em 3 actos
António Ferro - Mar Alto (1924) Peça em 3 actos
Preço: 15 €
António Ferro - Mar Alto (1924) Peça em 3 actos
MAR ALTO. Peça em 3 actos. *** Prefacio do Autor. *** Antonio Ferro *** Lisboa: Livraria Portugalia Editora, [1924]. (Lisboa: Imprensa Lucas & C.). (19,5 x 13 cm.) com 184 + [24] pp. Capa flexível. Exemplar razoável. Capa com marcas de manuseamento, algumas manchas, um pouco empoeirada e algo gasta nas margens e na lombada, que apresenta mesmo alguns pequenos rasgões e vincos de abertura. Globalmente, apesar de um pouco envelhecida, está ainda bastante apresentável. Páginas, de um modo geral, bem conservadas e limpas, embora apresentem um tom amarelecido e algumas pequenas manchas de acidez (não muito frequentes). *** Segundo milhar [da primeira edição] desta peça de teatro, inicialmente representada no Brasil, em 1922, sem contratempos, embora já com notas de escândalo, primeiro em São Paulo e depois no Rio de Janeiro. No ano seguinte, a peça esteve em cena em Lisboa, no Teatro S. Carlos, estreando a 10 de Julho de 1923, com enchente de público, sendo no entanto vaiada, boicotada e pateada de forma colérica. Em face da reacção do público, o Governador Civil de Lisboa, Major Viriato Lobo, mandou chamar ao seu gabinete o actor-empresário Erico Braga a quem solicitou que lhe lesse a peça, pedindo depois a outras destacadas personalidades que lhe dessem igualmente as suas opiniões, sendo todos unânimes em que a peça era escrita em termos escabrosos e imprópria de ser representada, do que resultaria a sua proibição. O livro inclui um longo prefácio, onde António Ferro relata com bastante detalhe todos os incidentes que envolveram esta peça, além de Fragmentos de todas as críticas feitas, ao Mar Alto, no Brasil e em Portugal, uma Carta de desculpas à actriz Lucília Simões, que desempenhou um dos papéis principais da peça e o texto O Protesto dos Intelectuais Portugueses contra a proibição da peça (subscrito, entre muitos outros, por Raul Brandão, António Sérgio, Fernando Pessoa, Aquilino Ribeiro e Jaime Cortesão), protesto que, no entanto, não chegou a ser entregue, porque a proibição da peça foi levantada graças «aos esforços do ilustre parlamentar sr. dr. Vasco Borges e do distinto escritor sr. dr. Carlos Babo. Escreve António Ferro no prefácio: «Quando escrevi o Mar Alto, saibam-no todos, eu previ a tempestade... (Ha lá nada mais belo do que gerar tempestades...) Riam amarelo todos aqueles que riram vermelho no final do Mar Alto. Se eu previ, podia ter evitado essa tempestade, não é verdade? Se a não evitei foi porque não temi a matilha, a matilha inofensiva, pobre de faro e de garras... Se a não evitei foi porque tenho uma grande confiança no Mar Alto, a confiança de que, um dia, êle abaterá todos os diques e alastrará e subverterá todos os que se aventurarem a opôr-se à sua marcha impetuosa, todos êsses pigmeus, todo êsse colegio de meninas e meninos... Pouco vulgar. *** Portes: envio gratuito em correio normal (tarifa especial para livros) * envio em correio registado: 1,70
- TipoVenda
- ConcelhoMação
- FreguesiaMação, Penhascoso e Aboboreira
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Etiquetas: Literatura
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