Um Raio de Sol na Água Fria de Françoise Sagan

Um Raio de Sol na Água Fria de Françoise Sagan

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Titulo: Um Raio de Sol na Água Fria
Autor: Françoise Sagan
Capa: José Cândido
Tradução: J. de Bivar Salgado
Editora: Livraria Bertrand
Páginas: 310

Sinopse:

A angústia de um homem de 35 anos, Gilles, que sofre a sua primeira depressão. É a nostalgia da "festa" do amor, da "festa" do sexo e dos sentidos. Jornalista, parisiense, celibatário incorrigível, habituado ao triunfo em cada batalha da vida, Gilles receia ter chegado ao princípio do fim: os dias deixaram de apresentar-se como um milagre constantemente renovado. Nada parece valer a pena. Tudo cansa e se repete, sem o imprevisto e a alegria exaltada. Eloise, a amante dedicada e correta deixou de lhe interessar. Jean, o amigo, não pode resolver os seus problemas. Haverá algum caminho, alguma maneira capaz de o arrancar à apatia, à indiferença, ao desespero? Na província francessa, onde se refugia, Gilles conhece Nathalie, a esposa de um magistrado, pertence à alta burguesia da terra. E tudo se modifica.

Autor:

Françoise Sagan, pseudônimo de Françoise Quoirez, nasceu em Cajarc, 21 de junho de 1935 e faleceu em Honfleur, 24 de setembro de 2004. Foi uma escritora francesa

Françoise Quoirez ficou mundialmente conhecida como Françoise Sagan, pseudônimo retirado de uma obra de Proust. Conheceu o sucesso ainda garota quando, aos 18 anos, escreveu em sete semanas sua primeira e mais consagrada obra: Bonjour Tristesse (Bom dia, Tristeza), que só nos Estados Unidos vendeu um milhão de exemplares, e à qual se seguiram cerca de cinquenta obras, entre romances, peças teatrais e autobiografias. Na ocasião, o grande escritor católico François Mauriac saudou-a, na primeira página do jornal Le Figaro, como um "monstrinho encantador".

Foi amiga, entre outros, de Tennessee Williams, Orson Welles, François Mitterrand e de um dos maiores intelectuais de todos os tempos, o filósofo Jean-Paul Sartre, mas não havia mais nenhum deles ao seu lado na época de sua morte, afundada em dívidas, doente e solitária.

Sagan também era conhecida por seus inúmeros vícios e por sua forma peculiar de levar a vida: comumente dirigia seu Jaguar para jogar em Monte Carlo e, nos anos 90, foi condenada por uso de cocaína. Uma vez envolveu-se em um acidente de carro com seu Aston Martin, o que a deixou em coma por algum tempo.

Encontrou a morte aos 69 anos, afundada em dívidas, doente e solitária, vivendo seus últimos quatro anos da caridade de bons amigos. As drogas, o alcoolismo e o imposto de renda consumiram sua fortuna. Françoise chegou até mesmo a ser condenada a um ano de prisão por enganar o fisco, ao que um de seus amigos escreveu: "Ela deve ao Estado, mas a França lhe deve muito mais".

Sagan foi uma mulher de esquerda, ativista, inteligente e sensível considerada por muitos como a última existencialista. Extraordinária escritora, criou um estilo fluido e transparente, que se tornou escola e abriu caminho para escritoras como Anne Wiazemsky (a neta de François Mauriac) a Camille Laurens.

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Etiquetas: Literatura

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Ernesto Luz

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