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Titulo: Pétain e De Gaulle Segredos de Estado (Meio Século de História Não Oficial)
Autor: J. R. Tournoux
Tradução: Henrique Forjaz
Editora: Livraria Bertrand
Dimensões: 21 x 16 cm
Páginas: 514

Sinopse:

Ninguém duvida de que o general De Gaulle seja uma das figuras de maior projeccão da nossa época. A sua acção, embora veemente discutida, até pelos próprios partidários, é umas das mais destacadas da actualidade, muito especialmente no plano internacional.

O que é menos sabido, porém, é o longo antagonismo que, depois de uma fase de amizade e estima recíprocas, o opôs ao marechal Pétain, para acabar num duelo de morte entre os dois homens.
Pétain? Talvez suscitasse ainda mais controvérsias que o seu sucessor - e mais graves, sendo mesmo acusado de traição á Pátria por ter aceite, em 1940, a «colaboração com os Alemães no chamado governo de Vichy.

Raymond Tournoux compôs um livro verdadeiramente notável, não só pela riqueza da documentação como ainda, e sobretudo, pela força e audácia com que desenhou, muito para além do pitoresco fácil da anedota, estas duas figuras, retratadas com inesquecível relevo. Audácia, sim, neste inquérito à personalidade mais secreta das dois homens de quem dependeu o destino da França; audácia pela coragem serena com que frisa tanto a grandeza - inegável - de dois homens fora de séria, com as suas fraquezas, por fezes de graves consequências. O rigor quase austero da análise e sua subtileza só servem para realçar o extraordinário talento do autor para nos restituir, sem sombra de sensacionalismo barato, a vida íntima de dois adversários, nos seus aspectos mais complexos.
Todas as cambiantes destas personalidades tão vincadas, as suas falhas e os possíveis cálculos - tão humanos que marcaram as suas carreiras, não são dados, através de inúmeros e preciosos testemunhos, em páginas impiedosas, apaixonantes, que desenham, em cada caso, segundo a frase famosa «apenas um homem, e todo um homem mas de angustiantes dimensões. Tantomais que os eu papel numa perspectiva histórica mais ampla - e por vezes um tudo nada-tenebrosa - é analisado fielmente ao longo de «meio século de história não oficial, não sem assomos de uma ironia gélida a condizer com a atmosfera dramática que se vai adensando até aos anos capitais de 1940-45, para culminar com o processo do velho marechal em 1945, e a sua condenação à morte. Mas que escondia este surpreendente veredicto? Eis outra revelação, altamente inesperada, deste livro fértil em lances teatrais, fértil também em lições, grandiosas ou amargas, sobre a responsabilidade real, fingida ou oculta do indivíduo no processo da História.

(Custo Justo)