Bohemia do Espirito de Camillo Castello Branco - Ano de Edição 1925 (Raro Exemplar)

Bohemia do Espirito de Camillo Castello Branco - Ano de Edição 1925 (Raro Exemplar)

Vendo: 50,00 euros - Tem 7 Fotos - Preço de uma edição de 1886 na Livraria Castro e Silva - Livros Raros 150,00 euros

Observações: Raro Exemplar
Ano de Edição: 1925 (Encadernação de Época)
Titulo: Bohemia do Espirito
Autor: Camillo Castello Branco
Editora: Livraria Chardron, de Lello & Irmão, Lda
Páginas: 482

Sinopse:

Interessante colectânea de escritos, anteriormente vindos a lume em diversas publicações periódicas. Esta colectânea abrange muitos dos géneros literários cultivados por Camilo: jornalismo, história, dramaturgia, polémica, alguns prefácios e poesia.

o livro é que há-de definir o título.
Se o leitor, voltada a página final, não tiver encontrado a causa que motivou semelhante rótulo, também eu não poderei esclarecê-lo.
Se. de mim para mim, pretendo obrigar a fantasia a dar contas à razão de essa ideia abstrata que traduzi em Bohemia do Espirito, as explicações todas me sabem mais nevoeirentas e confusas que a tradução mascavada da ideia.
A minha intenção provavelmente seria enfeixar muitas formas literárias, variadas e incongruentes em um só atilho - assinalar com um vocábulo, sinónimo de «vadiagem , a versatilidade de um espirito que se deleita na inconstancia, no imprevisto, no desconcerto do seu percurso sem itinerário pela «Bohemia cosmopelita das letras.

Mediatndo na vagabundear da imprevidente caravana dos bohemios de Murger, pareceu-me ver na diversidade dos assuntos deste livro alguma coisa de desalinho e extravagância da peregrinação desses lendários engenhos, tão escoteiros de bagagem como de ciência. A comparação, porém, cessa desde que eles regressaram da bohemia e entraram na zona regular e metódica da glória para muitos e da riqueza para alguns. ora, o meu espirito esse fica semper na bohemia, a desvairar no seu livro; mas satisfeito como Diogenes na cuba, e relapso a todos os métodos , refractário a leis de simetria estética e à mínima presunção de ensinar. Creio que ainda não expliquei nada. Realmente, estou na lógica abstrusa do meu livro,e cada vez mais identificado ao título impenetrável.
Se perguntassem a Coubert, a Mery, a Lèon Gozlan, a Gautier e aos outros porque eram bohemios, e não tabeliãs de notas, eles não saberiam responder.
S. Miguel de Seide, 1 de Janeiro de 1886.

(Custo Justo)

Etiquetas: Literatura

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Ernesto Luz

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