A Ciociara de Alberto Moravia

A Ciociara de Alberto Moravia

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Título: A Ciociara
Autor: Alberto Moravia
Tradução: José António Machado
Capa: João da Camara Lebre
Editora: Portugália Editora
Dimensões: 16 x 21 cm
Páginas: 306

Sinopse:

A 2 guerra Mundial serve de cenário a este romance de Alberto Moravia.

Em Itália, já no estertor da guerra, duas mulheres abandonam Roma quando esta começa a ser bombardeada pelas tropas aliadas. A escassez de comida e o medo dos ataques aéreos levam-nas a procurar refúgio na sua aldeia natal perdida entre montanhas, mas a guerra estava em todo o lado e elas são confrontadas com o horror e com a miséria que grassa por toda a Itália.

Cesira e Rosetta vivem situações de extrema carência alimentar e degradação humana. Apesar de terem saído de Roma com uma quantia considerável de dinheiro, os alimentos muito caros e escassos levam a que tenham de racionalizar tudo o que gastam, a miséria é total.

Tínhamos que ir ao mato mesmo debaixo de chuva, para cortarmos, com o auxilio de podões, alguns caniços e arbustos. Depois íamos para a cabana e começava a loucura do fogo. A lenha verde e molhada não ardia, os caniços faziam um fumo negro e denso, tínhamos que nos dobrar em duas, pôr a cara na lama do chão e soprar, soprar, até que o fogo pegasse.

Todo o desenrolar dos acontecimentos é relatado pela principal personagem, Cesira que utiliza uma linguagem muito simples de mulher sem instrução, mas a que não falta espírito introspetivo:

A dor Voltou-me ao pensamento Michele que não estava ali connosco nesse momento tão suspirado do regresso e nunca mais estaria ao pé de nós, e lembrei-me daquela noite em que nos leu em voz alta uma passagem do Evangelho sobre Lázaro, zangando-se porque os camponeses não tinham compreendido nada e gritando que estávamos todos mortos à espera da Ressurreição, como Lázaro.

É o regresso a Roma, a uma vida que nunca será como antes porque nenhuma delas é o que fora. A miséria física e moral a que estiveram sujeitas fez delas pessoas diferentes que no entanto não perderam a esperança, esta, que parecia morta, esteve apenas adormecida naquele longo ano de agonia.

Autor:

Alberto Moravia, pseudónimo de Alberto Pincherle, nasceu em Roma a 28 de novembro de 1907 e morreu nessa mesma cidade a 26 de setembro de 1990. A publicação do seu primeiro romance, Os Indiferentes, em 1929, levou a que fosse desde logo aclamado como um dos mais interessantes autores da narrativa italiana da época. Considerado precursor do existencialismo, com uma obra onde se destacam os temas da sexualidade moderna e da alienação social, viu várias das suas histórias adaptadas ao cinema, entre elas O Conformista (1951), por Bernardo Bertolucci em 1970, e O Desprezo (1954), por Jean-Luc Godard em 1963. A par da produção literária, Moravia foi também jornalista, argumentista de cinema e dramaturgo. Em 1984 foi eleito deputado do Parlamento Europeu pelo Partido Comunista, lugar que ocuparia até à sua morte.

(Custo Justo)
Etiquetas: Literatura

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