Quando os lobos uivam, de Aquilino Ribeiro.

Quando os lobos uivam, de Aquilino Ribeiro.


Livro:
-Quando os lobos uivam, de Aquilino Ribeiro.
Prefácio de Adolfo Casais Monteiro.
Capa de Fernado Lemos.
Editora Anhambi S. A. (São Paulo), 1959.
Tem 263 páginas.

"Quando os Lobos Uivam" foi publicado em 1958 e nesse ano a ditadura salazarista emitiu um mandato de captura ao escritor e a apreensão de todos os exemplares.
A obra aqui à venda é um livro histórico, pois foi publicado no ano seguinte no Brasil, é uma edição de coleção.

É bom lembrar: nessa altura Aquilino apoiou directamente a campanha presidencial de Norton de Matos, infelizmente foi também em 59 que soube que tinhacancro do pâncreas.
Quandoestava quase a ser preso por a PIDE, um grupo enorme de escritores nacionais e estrangeiros apelou directamente á agência Sueca que faz a entrega do Nobel, para ser ele um dos principais nomeados ao Nobel de 1960, poisseria uma maneira de o salvar do cativeiro.
Salazar ao saber disto e com receio da opinião pública estrangeira (principalmente a inglesa)amnistia o Aquilino e assim oprocesso que havia sido movidoé arquivado.
Segundo a política que estava no poder o processo foi removidocom base nas comemorações deNovembro, relativas aos 500 anos da morte do Infante Dom Henrique.

Sinopse
Serra dos Milhafres, finais dos anos 40, o Estado Novo resolve impor aos beirões uma nove lei: Os terrenos baldios que sempre tinham sido utilizados para bem comunitário e onde essa comunidade retirava parte vital do seu sustento, seriam agora "expropriados" e esses terrenos utilizados para plantar pinheiros. Assim, sem mais nem menos, o Estado chega e diz que, a partir daquele momento, acabou. Implanta-se um clima de medo nas gentes e é esse clima que Manuel Louvadeus, que havia emigrado para o Brasil anos antes, vem encontrar quando regressa à aldeia. Homem vivido e culto devido, segundo o próprio, aos muitos livros que por lá havia lido, Manuel tem uma visão para os dois lados e um sentido de justiça que rapidamente o fazem cair nas boas graças das gentes do povo. Toma então parte da sua gente, homens honestos e humildes que trabalham de Sol a Sol mas que não deixam de viver em condições miseráveis. A revolta acaba por suceder e entre mortos e feridos tudo acaba numa caçada aos homens por parte da polícia que leva muitos homens à prisão acusados de serem instigadores e cérebros da revolta. O Estado mostra então todo o seu esplendoroso poder. Aqui representado está a saga dos beirões na defesa dos terrenos baldios perante a ditadura do Estado Novo.

*EXEMPLAR EM BOM ESTADO.

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Carlos Lopes

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