Moniz Barreto // A Literatura Portuguesa no Século XIX 1940
Moniz Barreto // A Literatura Portuguesa no Século XIX 1940
Preço: 10 €
Moniz Barreto // A Literatura Portuguesa no Século XIX 1940
Autor: Moniz Barreto
Obra: A Literatura Portuguesa no Século XIX
Editor: Editorial Inquérito
Ano: 1940
Primeira edição
Formato: capa mole
Págs: 73-VI
Observações: Moniz Barreto [Ribandar/Goa/Índia Portuguesa, 1863 - Paris/França, 1896]
O primeiro grande crítico literário português. Em Goa cursou o liceu e começou, desde muito novo, a ler literatura inglesa no original, o que, para o tempo, era raro. Veio depois para Lisboa (em 1880), onde frequentou o Curso Superior de Letras e fez jornalismo.
Moniz Barreto era um espírito lúcido e penetrante que encarava a crítica literária como uma função intelectual de magna responsabilidade. Conhecedor profundo da doutrina de Taine e imbuído do espírito cientificista que dominava o século, ele sabia analisar os textos com rigor e subtileza, compreendendo ao mesmo tempo a especificidade estética do fenómeno literário. A sua prosa é sempre luminosa e ágil, envolvente no modo como conduz a argumentação e atenta aos matizes de sentimento e aos efeitos de estilo dos autores estudados.
Desejoso de se encontrar num grande meio cultural, Moniz Barreto passou a viver em Paris (a partir de 1893), onde travou conhecimento com Eça de Queirós e António Nobre. Eça dirigia então a Revista de Portugal e convidou-o para colaborar nela. Aí publicou Moniz Barreto o seu primeiro trabalho: «A Literatura Portuguesa Contemporânea» (1889).
A aplicação do método de Taine é inteligente e cuidada, sem atropelos nem enquadramentos forçados da realidade estudada dentro dos parâmetros escolhidos. Moniz Barreto discerne as qualidades psicológicas do temperamento português, tais quais elas se manifestam na literatura, e considera o meio social e as circunstâncias em que surgem as obras de criação. O homem e a mulher como seres biológicos são nele indissociáveis da cultura em que se inserem e das vivências da sua história pessoal e colectiva. Compara e contrasta certos rasgos da literatura portuguesa com a espanhola, acentuando o que as diferencia, e examina depois, em pormenor, a obra dos contemporâneos que ele considera dignos de consagração futura. Facto importante é que todos os nomes que elegeu foram precisamente os que ficaram. Esta mesma perspicácia se evidencia no seu Oliveira Martins (Ensaio de Psicologia), saído em Paris em 1887, onde a análise da obra historiográfica daquele escritor é certeira e subtil no desvendar os mecanismos que dão vida e força a um discurso que não enjeita os métodos nem os processos da narrativa de ficção.
Dispersos por diversas publicações, os escritos de Moniz Barreto foram deligentemente recolhidos por Vitorino Nemésio, que os organizou em volume, Ensaios de Crítica (Lisboa, 1944), e os fez preceder de um importante estudo introdutório da sua autoria. Aí estabelece firmemente a reputação de Moniz Barreto como o fundador da moderna crítica portuguesa. Também postumamente, foram publicados: A Literatura Portuguesa no Século XIX (prefaciado por José Osório de Oliveira), Lisboa, 1940; Estudos Dispersos (colectânea, prefácio e notas de Castelo Branco Chaves), Lisboa, 1963; e Novos Ensaios (selecção e prefácio de José Tengarrinha), Lisboa s/d.
Dois anos antes da sua morte surgiu nas livrarias a sua biografia da autoria de Manuel da Silva Gaio, Os Novos - I. Moniz Barreto (Coimbra, 1894). - in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. II, Lisboa, 1990
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Obra: A Literatura Portuguesa no Século XIX
Editor: Editorial Inquérito
Ano: 1940
Primeira edição
Formato: capa mole
Págs: 73-VI
Observações: Moniz Barreto [Ribandar/Goa/Índia Portuguesa, 1863 - Paris/França, 1896]
O primeiro grande crítico literário português. Em Goa cursou o liceu e começou, desde muito novo, a ler literatura inglesa no original, o que, para o tempo, era raro. Veio depois para Lisboa (em 1880), onde frequentou o Curso Superior de Letras e fez jornalismo.
Moniz Barreto era um espírito lúcido e penetrante que encarava a crítica literária como uma função intelectual de magna responsabilidade. Conhecedor profundo da doutrina de Taine e imbuído do espírito cientificista que dominava o século, ele sabia analisar os textos com rigor e subtileza, compreendendo ao mesmo tempo a especificidade estética do fenómeno literário. A sua prosa é sempre luminosa e ágil, envolvente no modo como conduz a argumentação e atenta aos matizes de sentimento e aos efeitos de estilo dos autores estudados.
Desejoso de se encontrar num grande meio cultural, Moniz Barreto passou a viver em Paris (a partir de 1893), onde travou conhecimento com Eça de Queirós e António Nobre. Eça dirigia então a Revista de Portugal e convidou-o para colaborar nela. Aí publicou Moniz Barreto o seu primeiro trabalho: «A Literatura Portuguesa Contemporânea» (1889).
A aplicação do método de Taine é inteligente e cuidada, sem atropelos nem enquadramentos forçados da realidade estudada dentro dos parâmetros escolhidos. Moniz Barreto discerne as qualidades psicológicas do temperamento português, tais quais elas se manifestam na literatura, e considera o meio social e as circunstâncias em que surgem as obras de criação. O homem e a mulher como seres biológicos são nele indissociáveis da cultura em que se inserem e das vivências da sua história pessoal e colectiva. Compara e contrasta certos rasgos da literatura portuguesa com a espanhola, acentuando o que as diferencia, e examina depois, em pormenor, a obra dos contemporâneos que ele considera dignos de consagração futura. Facto importante é que todos os nomes que elegeu foram precisamente os que ficaram. Esta mesma perspicácia se evidencia no seu Oliveira Martins (Ensaio de Psicologia), saído em Paris em 1887, onde a análise da obra historiográfica daquele escritor é certeira e subtil no desvendar os mecanismos que dão vida e força a um discurso que não enjeita os métodos nem os processos da narrativa de ficção.
Dispersos por diversas publicações, os escritos de Moniz Barreto foram deligentemente recolhidos por Vitorino Nemésio, que os organizou em volume, Ensaios de Crítica (Lisboa, 1944), e os fez preceder de um importante estudo introdutório da sua autoria. Aí estabelece firmemente a reputação de Moniz Barreto como o fundador da moderna crítica portuguesa. Também postumamente, foram publicados: A Literatura Portuguesa no Século XIX (prefaciado por José Osório de Oliveira), Lisboa, 1940; Estudos Dispersos (colectânea, prefácio e notas de Castelo Branco Chaves), Lisboa, 1963; e Novos Ensaios (selecção e prefácio de José Tengarrinha), Lisboa s/d.
Dois anos antes da sua morte surgiu nas livrarias a sua biografia da autoria de Manuel da Silva Gaio, Os Novos - I. Moniz Barreto (Coimbra, 1894). - in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. II, Lisboa, 1990
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