Memórias de um velho marinheiro e soldado de África, de João de Azevedo Coutinho.

Memórias de um velho marinheiro e soldado de África, de João de Azevedo Coutinho.

LIVRO:

-Memórias de um velho marinheiro e soldado de África, de João de Azevedo Coutinho.
Edição Bertrand.
1 edição, 1941.
Tem 674 páginas, intervaladas com fotografias de página inteira (extra texto).
Encadernação em Percalina vermelha, com título e autor a dourado na lombada.
Dimensão 24cm x 17cm x 4cm.
Peso 1150 gramas.
*EXEMPLAR em bom estado.

SINOPSE
João António de Azevedo Coutinho Fragoso de Sequeira nasceu em Alter do Chão.
Assentou praça na Cavalaria do Exército Português em 1880, transferindo-se para a Armada em 1882, com o posto de aspirante.
Em 1884 foi promovido ao posto de guarda-marinha. Em 85 foi colocado na Divisão Naval do Índico onde cumpriu o seu tirocínio obrigatório de 3 anos. Nesse período foi enviado em comissão de serviços para Moçambique onde se destacou nas operações de ocupação colonial, distinguindo-se pela bravura e capacidade de comando de tropas.
Terminado o tirocínio, em janeiro de 1889 regressou a Portugal, mas logo em junho desse ano foi nomeado para nova comissão em Moçambique. Esta nomeação deveu-se à organização de um corpo expedicionário que acompanhou António Enes com o objectivo de reduzir a pressão dos povos nativos e dos britânicos sobre Lourenço Marques e o sul do território.
A sua acção em Moçambique foi sensacional, levou a que 15 de janeiro de 1891, com apenas 25 anos de idade, no seu regresso a Lisboa fosse recebido em apoteose e proclamado como benemérito da Pátria.
Em 1904 teve o Título de Conselho de Sua Majestade Fidelíssima como Capitão-Tenente da Armada e Governador-Geral da Província de Moçambique, foi depois nomeado governador-geral de Moçambique (1905 a 1906).
A 9 de Fevereiro de 1908, após o regicídio que pôs termo ao reinado de D. Carlos I e até 16 de Abril de 1909, foi nomeado 53. Governador Civil do Distrito de Lisboa, um cargo de grande importância face ao clima insurrecto que se vivia na cidade.
A implantação da República Portuguesa levou a que fosse reformado compulsivamente em 1910, no posto de capitão-de-fragata, já que se manteve fiel aos ideais monárquicos.
Chegou a fazer parte de uma conspiração pró monarquia que ocorreu em diversas cidades portuguesas a 21 de Outubro de 1913, conhecida por Primeira Outubrada, só que o golpe foi contido porque o governo tinha um infiltrado entre os conspiradores.
Em 1919, com Aires de Ornelas, foi um dos líderes da revolta que em Lisboa apoiou a Monarquia do Norte, participando activamente na tomada de Monsanto. Pela sua acção nestes incidentes foi preso e exilado.
Contudo benefeciou de uma amnistia concedida aos monárquicos pelos governos da Primeira República Portuguesa, regressou a Portugal e em 1925 foi eleito senador no Congresso da República pelo círculo eleitoral de Portalegre, integrado nas listas monárquicas.
Mais tarde, liderou a Causa Monárquica.
Após a morte de D. Manuel II, acabou por se tornar um interlocutor privilegiado de António de Oliveira Salazar nas matérias respeitantes à Casa de Bragança.
Em Agosto de 1932, foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Império Colonial e a 8 de Dezembro de 1939 foi elevado a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada.
Em 1942 foi então alvo de expressivas homenagens por parte do Estado Novo, nas quais se exaltou a sua coragem extrema, o respeito pelos adversários, o interesse pela cultura africana, a esclarecida capacidade e sobretudo, o inflexível cumprimento dos deveres de fidelidade e de honra, sempre sobressaíram de forma invulgar.

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Carlos Lopes

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