Autor: A. Victorino d'Almeida
Obra: Histórias de Lamento e Regozijo
Editor: Parceria A.M. Pereira
Ano: 1968
Primeira edição
Formato: capa mole
Págs: 285

Observações: António Victorino de Almeida [Lisboa, 1940]
Compositor. Músico. Maestro. Ficcionista. Ensaísta.
Filho de cantora lírica e neto de músico e encenador, cedo iniciou os estudos musicais com Marina Dwander, tendo aprendido composição com Artur Santos e Joly Braga Santos. Concluiu o Curso Superior de Piano do Conservatório Nacional de Música (Lisboa), com elevada classificação, o que lhe permitiu obter uma bolsa do Instituto de Alta Cultura para prosseguir os estudos em Viena de Áustria.
Nesta cidade, sob a orientação de Karl Schiske, finalizou o curso de Composição da Escola Superior de Música, tendo sido premiado pelo Ministério da Cultura da Áustria. Ainda neste país, estudou piano com Wladislav Kedra e Dieter Weber. Mais tarde, bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, aprofunda os estudos de música contemporânea e de regência de orquestra. Como pianista, a solo ou com orquestra, e como chefe de orquestra, actuou em várias cidades portuguesas e estrangeiras. Entre 1974 e 1981 é adido cultural na Embaixada de Portugal em Viena. Formou, em 1983, um trio com a actriz e cantora Erika Pluhar e o guitarrista Peter Marinoff.
Como autor, apresentador e realizador de televisão, dirigiu cerca de cento e cinquenta programas sobre música e cultura, os quais lhe granjearam uma grande popularidade e o aplauso unívoco da crítica. «Histórias da Música, «Tema e Variações e «As Fontes do Som são alguns desses programas televisivos. Como cineasta, realizou o filme «A Culpa, o documentário «Gemeinsam, o telefilme «As Mesas de Mármore e a série «Contos e Vigários. Durante um ano apresentou um programa de sua autoria, «Hoje Respondemos por Música, na Antena Um da Rádio Difusão Portuguesa. Encenou para o teatro de Cascais a peça Sinfonietta de Tardieu. Durante três anos, realizou, na Universidade do Porto, um curso de História da Música, que foi repetido em Faro e em Tavira. Foi crítico musical do Diário Popular.
Compositor poliédrico e profícuo, escreveu obras para concerto, ópera, cinema, teatro e fados. Adaptou para teatro musicado a obra A Relíquia de Eça de Queirós. Assinou o libretto da ópera «O Canto da Ocidental Praia.
A sua obra em livro inclui romance, novela, reportagem e ensaio.
Em 1982 foi agraciado pelo ex-presidente da Áustria, com a Grande Insígnia de Honra de Prata, e, em 1996, o então presidente Klestil condecorou-o com a Medalha da Arte e das Ciências. Foi presidente do sindicato dos Músicos Portugueses. - in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. VI, Lisboa, 1999

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