Frátia, de Carlos Carranca.
Frátia, de Carlos Carranca.
Preço: 8 €
Frátia, de Carlos Carranca.
****Entrego em Benfica, ou envio por correio.*
Livro
-Frátia, de Carlos Carranca.
Edição Mar da Palavra,
Tem 135 páginas.
Sinopse
PRÉ-FACE
«O que a Vida tem de melhor é o facto de ser breve na eternidade que deixamos nos outros. Nela há qualquer coisa que nos escapa, desde o nosso corpo como objecto da nossa representação, até ele se tornar vontade e através dele estarmos em relação com a Natureza. O meu corpo passa a ser a Natureza em mim.
Mas nós somos sempre mais do que conhecemos e os nossos versos vão para além daquilo que sabemos, daquilo que escrevemos.
A vontade (ou a falta dela), como essência de tudo, é a responsável (irresponsável) da nossa miséria, da miséria humana.
A Morte, essa, não está em parte alguma - ela existe na Natureza que se renova. Toda a palavra sobre a Morte é do domínio do imaginário mas, como todo o imaginário, está cheia de conteúdo da Vida, sobretudo do que da Vida nos escapa. Ela procura uma resposta para a solidão ontológica radical, singular, condenada a sonhar o sonho, que é como quem diz, condenada à inconsistência do sonho.
Pensar na Vida como ela é, é pensá-la com a Morte; é sentir, é sentir-se, é falar de si mesmo, conviver, é entender-se com os outros sem subjugar ninguém nos caminhos da razão.
O que desejamos verdadeiramente? Tocar o coração das coisas ou, como afirmou um dia Unamuno, "nas entranhas do presente buscar a eternidade viva".
É, pois, trágico, para quem vive em constante procura da essência das coisas, assistir, impotente, à dura realidade de uma Pátria a afastar-se da essência e a perder-se na imitação e na vulgaridade utilitárias. Porque não há nada que mais nos degrade do que esta entrega à idolatria da técnica e do consumismo de massas, onde a preocupação dominante do negócio e a intensidade frenética da Vida aniquilam toda a inquietação espiritual.
Agitar, inquietar, libertar, essa foi, é e será a eterna missão da Poesia.
Interrogo-me, frequentes vezes, se não estará a poesia mais próxima da magia do que da literatura. Ora, o Poeta não é um literato, é um mágico, sendo na dimensão transfiguradora da realidade que o Poeta se cumpre, e não no acervo de obras consultadas ou na profusão de autores citados. Não é citando os criadores que o Poeta existe, é existindo que o Poeta é. Vivemos num tempo em que os discursos soam a oco. Vivemos num tempo de múltiplas palavras sem sentido, usadas nos comércios diários dos interesses; palavras que são utilizadas e deitadas fora, palavras sem peso específico, sem leveza, em suma, sem valor. Porque a Poesia passa pelo ritmo encadeado das palavras, e porque ele, o ritmo, assenta na originalidade com que as juntamos ou separamos, é que, ao confrontarmo-nos com a palavra poética, nos reencontramos com a originalidade, com o valor da palavra, com a oração do silêncio - onde nenhum silêncio é já possível, o de alguém que procura a palavra perdida e o seu lugar no homem, o mundo como adjectivo: asseado, purificado, limpo.
Ao entrarmos na obra poética, penetramos na vida que se afasta da razão sem a dispensar, e se aproxima da pura sensibilidade. A Poesia, com as palavras, refaz sentidos, dá-lhes outra coloração, transforma-as sem as deformar..."
Carlos Carranca
*EXEMPLAR EM EXCELENTE ESTADO, está como novo.
*****Entrego em Benfica, ou envio por correio.**
Livro
-Frátia, de Carlos Carranca.
Edição Mar da Palavra,
Tem 135 páginas.
Sinopse
PRÉ-FACE
«O que a Vida tem de melhor é o facto de ser breve na eternidade que deixamos nos outros. Nela há qualquer coisa que nos escapa, desde o nosso corpo como objecto da nossa representação, até ele se tornar vontade e através dele estarmos em relação com a Natureza. O meu corpo passa a ser a Natureza em mim.
Mas nós somos sempre mais do que conhecemos e os nossos versos vão para além daquilo que sabemos, daquilo que escrevemos.
A vontade (ou a falta dela), como essência de tudo, é a responsável (irresponsável) da nossa miséria, da miséria humana.
A Morte, essa, não está em parte alguma - ela existe na Natureza que se renova. Toda a palavra sobre a Morte é do domínio do imaginário mas, como todo o imaginário, está cheia de conteúdo da Vida, sobretudo do que da Vida nos escapa. Ela procura uma resposta para a solidão ontológica radical, singular, condenada a sonhar o sonho, que é como quem diz, condenada à inconsistência do sonho.
Pensar na Vida como ela é, é pensá-la com a Morte; é sentir, é sentir-se, é falar de si mesmo, conviver, é entender-se com os outros sem subjugar ninguém nos caminhos da razão.
O que desejamos verdadeiramente? Tocar o coração das coisas ou, como afirmou um dia Unamuno, "nas entranhas do presente buscar a eternidade viva".
É, pois, trágico, para quem vive em constante procura da essência das coisas, assistir, impotente, à dura realidade de uma Pátria a afastar-se da essência e a perder-se na imitação e na vulgaridade utilitárias. Porque não há nada que mais nos degrade do que esta entrega à idolatria da técnica e do consumismo de massas, onde a preocupação dominante do negócio e a intensidade frenética da Vida aniquilam toda a inquietação espiritual.
Agitar, inquietar, libertar, essa foi, é e será a eterna missão da Poesia.
Interrogo-me, frequentes vezes, se não estará a poesia mais próxima da magia do que da literatura. Ora, o Poeta não é um literato, é um mágico, sendo na dimensão transfiguradora da realidade que o Poeta se cumpre, e não no acervo de obras consultadas ou na profusão de autores citados. Não é citando os criadores que o Poeta existe, é existindo que o Poeta é. Vivemos num tempo em que os discursos soam a oco. Vivemos num tempo de múltiplas palavras sem sentido, usadas nos comércios diários dos interesses; palavras que são utilizadas e deitadas fora, palavras sem peso específico, sem leveza, em suma, sem valor. Porque a Poesia passa pelo ritmo encadeado das palavras, e porque ele, o ritmo, assenta na originalidade com que as juntamos ou separamos, é que, ao confrontarmo-nos com a palavra poética, nos reencontramos com a originalidade, com o valor da palavra, com a oração do silêncio - onde nenhum silêncio é já possível, o de alguém que procura a palavra perdida e o seu lugar no homem, o mundo como adjectivo: asseado, purificado, limpo.
Ao entrarmos na obra poética, penetramos na vida que se afasta da razão sem a dispensar, e se aproxima da pura sensibilidade. A Poesia, com as palavras, refaz sentidos, dá-lhes outra coloração, transforma-as sem as deformar..."
Carlos Carranca
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Etiquetas: Livros escolares Literatura Outros géneros
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Carlos Lopes
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