N 8314 - Eurico o Presbytero. A. Herculano. 20 Edição dirigida por David Lopes. Aillaud & Bertrand Editora. Capa dura. 326 páginas. Assinatura de posse. Mínimos defeitos.
Eurico, o presbítero é um romance histórico situado no século VIII (Idade Média). A obra tem intertextualidade com a Bíblia, Romeu e Julieta e também com a guerra dos visigodos e árabes na Península Ibérica. Eurico, um gardingo (nobre, entre os visigodos) apaixona-se por Hermengarda, porém o pai da moça Favila, Duque de Cantábria, opõe-se ao casamento. Desiludido Eurico abandona a corte de Tolentum e refugia-se na religião com intuito de esquecer a decepção amorosa, torna-se presbítero, passa a viver em Cartéia uma pequena cidade próxima à Calpe. Como sacerdote é autor de vários hinos religiosos conhecidos nos mosteiros e conventos. Ocorre então, a invasão árabe, Eurico descobre que Juliano, conde de Septum é um traidor, envia uma carta a Teodomiro, duque de Córdoba para que se organizem tropas para a defesa do reino visigodo. O exército visigodo é derrotado às margens do rio Críssus, depois de uma ferrenha batalha, em que os traidores do rei Roderico se mostram do lado dos árabes. Roderico morre, Teodomiro foge e faz um armistício com os sarracenos. Eurico revela sua identidade a Hermengarda, porém está impedido de unir-se a ela, visto que havia feito votos sacerdotais, fica dividido entre o conflito do amor carnal e a religião. Na batalha de Auseba Eurico desaparece entre os árabes, mas antes mata os traidores Opas e Juliano, após deixa-se ser degolado pela espada de Mugite, Hermengarda enlouquece. A obra enfatiza as características femininas comparando a mulher a um ser angelical. Hermengarda, a maior responsável pelo amor frustrado, tem pouquíssima participação nas ações, todavia a frágil figura da mocinha indefesa, pura e considerada como ingênua subjugada pelo pai dominador, acaba sendo o centro da história
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