Crónica, Saudade da Literatura// Manuel António Pina E Assírio & Alvim

Crónica, Saudade da Literatura// Manuel António Pina E Assírio & Alvim

Crónica, Saudade da Literatura// Manuel António Pina E Assírio & Alvim
A modéstia levava-o a (des)considerar as crónicas como uma servidão diária que afirmava com humor só aceitar para alimentar a legião de gatos que tinha em casa e que só serviriam, como tudo o que é jornal e como diziam os velhos tipógrafos do JN num dito que ele tantas vezes citava, para embrulhar peixe no dia seguinte. Ou seja, as crónicas, até pelo seu registo diarístico (jornalístico), não possuiriam nenhum valor literário, seriam feitas como tudo o mais mas mais do que tudo «da matéria da morte e do esquecimento, anacrónicas fora da sua efémera duração, e como tal constituiriam uma dimensão menor, extraliterária, da sua obra. E no entanto, pelas suas características, essas crónicas fazem plenamente parte, de pleno direito, da obra literária de Manuel António Pina. Se ele definia a sua poesia, por complexas razões de poética que não cabe aqui explicar, como «saudade da prosa, as suas crónicas jornalísticas podem definir-se, de certo modo determinante da sua popularidade, como saudade da literatura.
Editor: Assírio & Alvim
Testemunhos
Dimensões: 147 x 205 x 30 mm
Páginas: 672
Literatura > Crónicas
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Etiquetas: Outros géneros

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Maria Afonso

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