Coimbra, 1969- Celso Cruzeiro

Coimbra, 1969- Celso Cruzeiro

O combate e a festa que envolveram a luta não se puderam resumir num acto, antes constituíram um processo, rico e multifacetado, longe de se poder definir ou compartimentar ideologicamente, mesmo à chegada. Ele representou claramente a expressão própria de um grande movimento, contraditório no âmago das forças que o integraram globalmente, mas dirigido por correntes marxistas críticas e inovadoras, fora dos cânones clássicos do modelo de desenvolvimento tradicional do movimento associativo. E revelou, a espaços, a novidade de muitos aspectos da luta da juventude europeia contra a ideologia produtivista e desumanizante das denominadas sociedades industriais do ocidente e do leste europeus. Aflorou aspectos claros de mutação radical de gestão do espaço das nossas vidas, da ocupação do quotidiano e do significado da condição estudantil. Por isso a raiz cultural assumia tão grande importância no desabrochar dos novos caminhos. Mas todo o seu percurso foi espontaneamente «regulamentado pelas especiais condições que caracterizavam a vida universitária na cidade e pelos parâmetros que balizavam as metas políticas da luta contra o fascismo e contra a guerra.

Edições Afrontamento 1989
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Um totalitário cheio de nada...

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