Ana Paula. Perfil duma Lisboeta. Joaquim Paço dAr
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Ana Paula. Perfil duma Lisboeta. Joaquim Paço dAr
N 9912 - Ana Paula. Perfil duma Lisboeta. Joaquim Paço dArcos. 234 Pgs. 13 Edição Guimarães Editores 1986. 20,5x15cm.
O romance "Ana Paula" foi premiado pela Academia das Ciências com o Prémio Ricardo Malheiros 1938. No entanto, a par da distinção, a academia divulgou um parecer onde criticava "as imperfeições, deslizes de semântica, erros de gramática, defeitos de expressão, incorrecções de grafia, expressões francesas ou afrancesadas" bem como condena a "expressão deturpada que ameaça tornar-se endémica na expressão literária portuguesa de hoje".
Nesse mesmo dia, 25 de Novembro de 1938, o autor, Joaquim Paço d'Arcos, enviou à Academia das Ciências a seguinte missiva:
"Ex.mo Sr. Secretário Geral da Academia das Ciências,
Soube pelos jornais da tarde de ontem que a classe de Letras da Academia deliberou conferir-me o Prémio Ricardo Malheiros 1938. Fui concorrente e não sou tão imodesto que possa, em boa verdade, dizer não me ter sido agradável receber essa honrosíssima distinção. Mas a notícia de ontem não era completa; vi hoje que o prémio não me fôra concedido por me ter sido reconhecido o direito de conquista e sim por muita indulgência e graciosa atenção dessa Academia.
Aprecio muitíssimo as dádivas dos Mecenas mas não costumo implorá-las.
E nas condições em que o prémio foi concedido a minha dignidade literária não me permite aceitá-lo.
Confiado em que V.Ex.a compreenderá o direito que me cabe de dar esta carta a publicidade dada ao parecer da Academia, subscrevo-me de
V. Ex.a
Com a mais alta consideração
At. V. Obg.
Joaquim Paço d'Arcos"
Portes Grátis
O romance "Ana Paula" foi premiado pela Academia das Ciências com o Prémio Ricardo Malheiros 1938. No entanto, a par da distinção, a academia divulgou um parecer onde criticava "as imperfeições, deslizes de semântica, erros de gramática, defeitos de expressão, incorrecções de grafia, expressões francesas ou afrancesadas" bem como condena a "expressão deturpada que ameaça tornar-se endémica na expressão literária portuguesa de hoje".
Nesse mesmo dia, 25 de Novembro de 1938, o autor, Joaquim Paço d'Arcos, enviou à Academia das Ciências a seguinte missiva:
"Ex.mo Sr. Secretário Geral da Academia das Ciências,
Soube pelos jornais da tarde de ontem que a classe de Letras da Academia deliberou conferir-me o Prémio Ricardo Malheiros 1938. Fui concorrente e não sou tão imodesto que possa, em boa verdade, dizer não me ter sido agradável receber essa honrosíssima distinção. Mas a notícia de ontem não era completa; vi hoje que o prémio não me fôra concedido por me ter sido reconhecido o direito de conquista e sim por muita indulgência e graciosa atenção dessa Academia.
Aprecio muitíssimo as dádivas dos Mecenas mas não costumo implorá-las.
E nas condições em que o prémio foi concedido a minha dignidade literária não me permite aceitá-lo.
Confiado em que V.Ex.a compreenderá o direito que me cabe de dar esta carta a publicidade dada ao parecer da Academia, subscrevo-me de
V. Ex.a
Com a mais alta consideração
At. V. Obg.
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