A China vence o passado, de José de Freitas.

A China vence o passado, de José de Freitas.

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Livro:
-A China vence o passado, de José de Freitas.
Edição Cosmos.
1 edição, 1964.
Tem 339 páginas + algumas extra texto com fotos a p/b.
Sinopse
Abril de 1964 o jornalista José de Freitas, do Diário Popular viajou pela China em serviço. José de Freitas já conhecia Macau e publicara em 1941 A China Antiga e Moderna pela Biblioteca Cosmos, dirigida por Bento de Jesus Caraça.
O pedido de visto para José de Freitas ir à China foi feito em 1963 e só seria aceite um ano depois. Portugal e China não tinham relações diplomáticas. De um lado estava Salazar, do outro Mao que, segundo Freitas, "estava em todo o lado". Entre as inúmeros restrições impostas, nomeadamente de fotografar, José de Freitas foi obrigado a ter um acompanhante jornalista, Choi Hong Seong, que serviu de intérprete e guia.
Ainda assim, escreveu numa das crónicas: "Visitei a China como jornalista independente, alheio a quaisquer combinações, sem a subordinação dos convites, exclusivamente com dinheiro do meu jornal." E... "Durante a minha estada na China deram-me sempre muito mais jantares do que notícias".
Um dos episódios desta visita mereceu chamada de capa numa das edições do DP, a 21 de Maio de 1964, com o título "Uma Explosão Atómica"! O episódio ocorreu a 12 de Abril e deu-se quando o jornalista viajava de comboio em direcção a Pao Ting.
"Quase na linha do horizonte, não posso precisar a quantos quilómetros de distância, formara-se uma nuvem mais cinzenta do que o próprio céu cinzento, a destacar-se, com contornos nitidamente limitados, claramente definidos. Tinha a vaga forma de um cogumelo. (...) Dentro da própria nuvem havia laivos negros. (...) Depois do cogumelo grosseiro, era uma cunha, como se fora um triângulo suspenso no céu, para mudar de tamanho e tomar o aspecto de uma bola achatada. Parecia que dentro da nuvem no seio da própria nuvem havia uma força inteligente que a domava e afastava ou aproximava de nós, a movia no espaço para um lado, para outro, dando-lhe sempre formas variadas e singulares. (...) O estranho fenómeno, o cogumelo, o trágico cogumelo, estava agora cada vez mais negro, raiado de preto. Depois agitou-se num vaivém e desfez-se. O espectáculo singular demorara pouco mais de cinco minutos."
Ret, Blog "Macau antigo".
*EXEMPLAR com capa manuseada, no geral apresenta toda a integridade e robustez mesmo com páginas em papel couché, onde estão fotos.

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Carlos Lopes

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