A bengala, de Prista Monteiro.

A bengala, de Prista Monteiro.

LIVRO:

-A bengala, de Prista Monteiro.
Edição Movimento.
1 edição, 1972.
Tem 42 páginas.
SINOPSE
O teatro do absurdo, ou "non sense".
Em 1961, Emilio Rui da Veiga Peixoto Vilar, que na altura era assistente de direção de Luís de Lima encenador à frente do Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC) , solicita à Inspecção Geral dos Espectáculos a apreciação da peça A bengala, de Helder Prista Monteiro (1922 a 1994), mas o texto é proibido de subir à cena pela comissão de censura. A bengala, peça em um ato, escrita em 1960 e publicada na década de 1970, apresenta duas personagens pobres e maltrapilhas, marido e mulher, que decidem comer do bom e do melhor em um restaurante fino da cidade. Um dos censores viu no texto, em todo o seu nonsense, um conteúdo duvidoso, debatendo um problema social suspeito, daí a peça ter sido proibida pela comissão de censura. O processo censório de A bengala confirma um fator apontado e discutido por Graça dos Santos na sua análise da censura à arte dramática: o quanto o teatro foi o principal alvo da censura salazarista, especialmente na década de 1960, quando, por um lado, a atividade teatral tornava-se intensa em Portugal com o surgimento de novos autores, peças e companhias teatrais e, por outro, a ditadura, desde 1958, começava a sofrer os primeiros golpes com as manifestações dos oposicionistas ao regime. O texto mostra o processo de censura pelo qual passou A bengala, considerando a análise do enredo da peça, seu diálogo com o teatro do absurdo praticado em Portugal na década de 1960 e as relações desse gênero teatral com a censura salazarista.
Quando o livro foi publicado ganhou o "Prernio Marcelino Mesquita" da Sociedade Portuguesa de Escritores Médicos presidida pelo Prof. Barahona Fernandes.

*EXEMPLAR EM BOM ESTADO, o miolo apresenta alguma acidez no papel.

SOBRE O AUTOR:
Nasceu em Lisboa, no Bairro do Alto de Santo Amaro.
Médico pneumologista de profissão, mas muito cedo e com grande furor fez também carreira literária ou de encenador de teatro.
Normalmente inserida no teatro do absurdo, sob a influência de Ionesco, Harold Pinter, ou Beckett, a obra de Prista Monteiro releva essencialmente um implícito apelo à transformação social e às relações humanas, mostrando frequentemente como um simples objecto (uma bengala, um colete de xadrez, uma caixa de esmolas, uma chávena), desejado, ostentado ou perdido, pode ser a pedra-de-toque para pôr em causa o artificial equilíbrio social, lançando as personagens num processo de degradação que culminará numa trágica derrocada.
A obra de Prista Monteiro tem como fulcro aquilo que Luzia Maria Martins chama o verdadeiro vanguardismo, isto é, a capacidade de renovação e experimentação, de peça para peça, ao nível dos recursos linguísticos, temáticos e de composição.
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Carlos Lopes

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