"Virtude e Terror" de Maximilien Robespierre - 1ª Edição de 2018

"Virtude e Terror" de Maximilien Robespierre - 1ª Edição de 2018

"Virtude e Terror"
de Maximilien Robespierre

Tradução: Miguel Freitas da Costa

Introdução de Slavoj zizek

1ª Edição de 2018
BookBuilders/Letras Errantes
Coleção Clássicos do Pensamento Político
198 Páginas

«Se a mola do governo popular na paz é a virtude, a mola do governo popular em revolução é ao mesmo tempo a virtude e o terror.»

Uma obra que reúne excertos de alguns dos discursos mais marcantes de Robespierre, figura controversa mas fundamental na evolução dos acontecimentos que se sucederam após a Revolução Francesa. Apologista de um rigor inaudito, a vontade de afirmar uma cesura radical com o passado está bem patente em Robespierre; essa cesura viria a culminar no Terror revolucionário.

Nas suas palavras: «Se a mola do governo popular na paz é a virtude, a mola do governo popular em revolução é ao mesmo tempo a virtude e o terror: a virtude, sem a qual o terror é funesto; o terror, sem o qual a virtude é impotente. O terror não é outra coisa senão a justiça pronta, severa, inflexível; é, portanto, uma emanação da virtude: é menos um princípio particular que uma consequência do princípio da democracia aplicado às mais prementes necessidades da Pátria.»

Este texto conta com uma extensa introdução de Slavoj Zizek que contextualiza o autor e as suas palavras na sua época fazendo a correspondência essencial para os nossos tempos.

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Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (ou Maximiliano Francisco Maria Isidoro de Robespierre) (Arras, 6 de maio de 1758 Paris, 28 de julho de 1794) foi um advogado e político francês e uma das personalidades mais importantes da Revolução Francesa.

Eleito deputado do Terceiro Estado aos Estados Gerais de 1789, rapidamente se tornou uma das principais figuras dos "democratas" na Assembleia Constituinte, defendendo a abolição da pena de morte e da escravatura, o direito de voto para pessoas de cor e judeus, bem como o sufrágio universal e a igualdade de direitos contra o sufrágio censitário. A sua intransigência rapidamente lhe valeu o apelido de "o Incorruptível".

Foi membro do Clube Jacobino desde o início e gradualmente tornou-se uma das suas principais figuras. Durante a Convenção Nacional integrou a Montanha, onde encarnou a tendência mais radical da Revolução, transformando-se numa das figuras mais controversas deste período.

Robespierre é mais conhecido por seu papel como membro do Comitê de Segurança Pública, já que ele pessoalmente assinou 542 prisões durante o Período do Terror, especialmente na primavera e no verão de 1794. A questão da responsabilidade de Robespierre pela lei do 22 Prairial sempre será controversa. O novo instrumento legal removeu as poucas garantias processuais concedidas ao acusado. Além disso, a questão do Culto do Ser Supremo, querida a Robespierre, o colocou sob suspeita aos olhos dos anticlericais. Robespierre acabou caindo em razão de sua obsessão com a visão de uma república ideal e sua indiferença aos custos humanos para instalá-la. Isso fez com que os membros da Convenção Nacional e o público francês se voltassem contra ele.

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Raul Ribeiro

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