"Velázquez" de Wilfredo Rincón García - 1ª Edição de 2000

"Velázquez" de Wilfredo Rincón García - 1ª Edição de 2000

"Velázquez"
de Wilfredo Rincón García

1ª Edição de 2000
Editorial Estampa
140 Páginas
Dimensões: 290 x 310 x 20 mm
Capa dura com sobrecapa
Ilustrado

Diogo Rodrígues da Silva Velásquez nasceu a 6 de Junho de 1599, em Sevilha, primogénito de uma numerosa família de seis filhos, e morreu a 6 de Agosto de 1660. Foi o seu avô paterno o português Diogo Rodrigues da Silva, natural do Porto, que com a sua mulher se fixou em Sevilha. A fase da primeira juventude passou-a em Sevilha, onde depressa se tornou conhecido. Durante este período realizou numerosas e importantes obras de composição simples e rigorosa, nas quais utilizou tons cizentos e um desenho seguro e poderoso. Nelas também se manifesta, pela forma de iluminar os objectos, fazendo-os ressaltar sobre um fundo escuro, uma clara correspondência com a obra de Caravaggio. O seu interesse nesta época, por representar com a máxima exactidão o ambiente natural, converteu-o no introdutor, na Andaluzia do realismo barroco (Velha Fritando Ovos, 1618). Paulatinamente as suas telas foram sofrendo uma certa evolução, que se manifestou, sobretudo, numa maior complexidade na composição e na utilização de um colorido cada vez mais claro. A esta fase correspondem os quadros de temática popular (Almoços, Três Músicos e Os Bebedores). Em 1622 foi para Madrid, com a esperança de conseguir um lugar na corte. Em 30/8/1623 iniciou o seu primeiro retrato do rei, atravéz do qual obteve o lugar de pintor régio (6/10/1623). Desde então a sua actividade desenvolveu-se até à sua morte ao serviço da coroa. Em Agosto de 1629 iniciou a sua primeira viagem a Itália; permaneceu durante algum tempo em Veneza, onde conheceu as magníficas composições de Ticiano e de Tintoretto, que teriam uma influência decisiva na evolução do seu estilo, e, em Roma, cidade na qual pintou dois dos seus quadros mais notórios: A Túnica de José e A Forja de Vulcano. De regresso a Madrid trabalhou na decoração do luxuoso Palácio do Buen Retiro , para o qual pintou A Rendição de Breda, concluída em 1635. E vários retratos equestres de Filipe IV e do príncipe Baltasar Carlos. Em nova visita a Roma pintou uma das suas telas mais excepcionais, o retrato do papa Inocêncio X. Pertencem também a este período o retrato de Juan de Pareja (escravo e posteriormente servidor e discípulo de Velázquez) e duas pequenas paisagens da Villa Médicis, cuja técnica e composição prenunciam Corot e a pintura do século XIX. De regresso a Espanha pintou a sua esplêndida Vénus do Espelho. Instalado de novo na corte pintou alguns retratos reais, como os da infanta Margarida (1658) e o do príncipe Flilipe Próspero (1659). Juntamente com esta há que realçar, pela sua singularidade, os retratos que realizou dos bobos e anões da corte. Ao último período da sua vida correspondem dois dos quadros mais importantes e definidores da sua trajectória artística: As Meninas, pintado em 1656, e As Fiandeiras, feito cerca de 1657.

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Raul Ribeiro

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