"Tirano Banderas" - Romance de Terra Quente de Ramón Del Valle-Inclán - 1ª Edição de 1990
"Tirano Banderas" - Romance de Terra Quente de Ramón Del Valle-Inclán - 1ª Edição de 1990
Preço: 12 €
"Tirano Banderas" - Romance de Terra Quente de Ramón Del Valle-Inclán - 1ª Edição de 1990
"Tirano Banderas" - Romance de Terra Quente
de Ramón Del Valle-Inclán
1ª Edição de 1990
Editorial Teorema
Coleção Estórias
234 Páginas
Tirano Banderas. Romance de terra quente constitui o ponto mais alto da magnífica obra romanesca de Valle- Inclán, figura ímpar na moderna literatura espanhola. Sobre o pano de fundo de uma América Latina cheia de colorido e violência, destaca-se a figura de um ditador, Tirano Banderas, que, antecipando-as, é um verdadeiro arquétipo de idênticas figuras que vão ocupar um lugar central nas obras de García Márquez, M. Angel Asturias, Vargas Llosa, Alejo Carpentier, J. Eustasio Rivera, Roa Bastos e tantos outros autores latino-americanos.
À custa de ironia e força demolidora, eficaz retrato do mundo demencial do Tirano.
O tempo pôs em destaque dois momentos altos na sua vasta produção literária. É hoje admirado pelas Sonatas (publicadas entre 1902 e 1905), quatro novelas independentes numa excelente prosa modernista (memórias fictícias do marquês de Bradomín psicologicamente dominadas pelas sucessivas estações do ano), mas ainda mais lido no seu Tirano Banderas, o primeiro «romance de tirano» (1926) entre os que hoje conhecemos com exemplos espalhados pelas várias literaturas da América Latina.
O que escrevi antes de Tirano Banderas é musiquinha de violino, dizia o seu autor, reforçando a sua ideia com esta insistência: digo-vos que «musiquinha», e má musiquinha de violino. Tirano Banderas é a primeira obra que eu escrevo. Começa agora o meu trabalho.
Valle-Inclán procurava, com esta radical visão da sua própria obra, sobrepor-se às vozes que um pouco por todo o lado faziam críticas nem sempre abonatórias à criação da imaginária Santa Fe de Tierra Firme, que ele deixava fluidamente localizada mas dando-lhe, sem dúvida, um muito forte sabor a México.
---
Ramón del Valle-Inclán nasceu em Vilanova de Arousa, (Pontevedra), em 1866, numa família da aristocracia galega com convicções liberais. Frequentou o curso de Direito na Universidade de Santiago de Compostela, sem, no entanto, o concluir. Em Madrid, para onde vai em 1890, inicia a sua atividade literária, escrevendo contos e artigos para a imprensa. Viajou para o México em 1892. E em 1895 publica o seu primeiro livro, Femininas. Instala-se em Madrid em 96-97, no tumulto daqueles anos em que desponta um século novo, por entre a boémia, a rebeldia, a febre modernista, as tertúlias literárias fervilhantes de inovações. É ferido num duelo com Manuel Bueno, e sofrerá, em consequência dessa ferida, a amputação do braço esquerdo. Vai publicando contos, traduções, artigos até que, em 1902, publica Sonata de Outono, iniciando uma das mais inovadoras obras literárias de Espanha, reconhecida internacionalmente. Seguem-se as demais Sonatas [de Verão (1903), de Primavera (1904) e de Inverno (1905)] e, com elas, a invenção de uma personagem, o Marquês de Bradomín que ombreia com os grandes mitos da literatura clássica, como Don Juan. E será em 1920 que publica, entre outras peças, Divinas Palavras De 1926 é o seu romance mais célebre, Tirano Banderas, retrato de uma ditadura sul-americana que viria a influenciar toda a literatura posterior. A instauração da República em 1931 trouxe-lhe algum reconhecimento público, e chegou a ser presidente do Ateneo de Madrid (1932). Morreu em Santiago de Compostela, aos 69 anos, em 1936. É por muitos considerado o maior dramaturgo espanhol do século XX.
ESGOTADO NESTA EDIÇÃO
COMO NOVO - PORTES GRÁTIS
de Ramón Del Valle-Inclán
1ª Edição de 1990
Editorial Teorema
Coleção Estórias
234 Páginas
Tirano Banderas. Romance de terra quente constitui o ponto mais alto da magnífica obra romanesca de Valle- Inclán, figura ímpar na moderna literatura espanhola. Sobre o pano de fundo de uma América Latina cheia de colorido e violência, destaca-se a figura de um ditador, Tirano Banderas, que, antecipando-as, é um verdadeiro arquétipo de idênticas figuras que vão ocupar um lugar central nas obras de García Márquez, M. Angel Asturias, Vargas Llosa, Alejo Carpentier, J. Eustasio Rivera, Roa Bastos e tantos outros autores latino-americanos.
À custa de ironia e força demolidora, eficaz retrato do mundo demencial do Tirano.
O tempo pôs em destaque dois momentos altos na sua vasta produção literária. É hoje admirado pelas Sonatas (publicadas entre 1902 e 1905), quatro novelas independentes numa excelente prosa modernista (memórias fictícias do marquês de Bradomín psicologicamente dominadas pelas sucessivas estações do ano), mas ainda mais lido no seu Tirano Banderas, o primeiro «romance de tirano» (1926) entre os que hoje conhecemos com exemplos espalhados pelas várias literaturas da América Latina.
O que escrevi antes de Tirano Banderas é musiquinha de violino, dizia o seu autor, reforçando a sua ideia com esta insistência: digo-vos que «musiquinha», e má musiquinha de violino. Tirano Banderas é a primeira obra que eu escrevo. Começa agora o meu trabalho.
Valle-Inclán procurava, com esta radical visão da sua própria obra, sobrepor-se às vozes que um pouco por todo o lado faziam críticas nem sempre abonatórias à criação da imaginária Santa Fe de Tierra Firme, que ele deixava fluidamente localizada mas dando-lhe, sem dúvida, um muito forte sabor a México.
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Ramón del Valle-Inclán nasceu em Vilanova de Arousa, (Pontevedra), em 1866, numa família da aristocracia galega com convicções liberais. Frequentou o curso de Direito na Universidade de Santiago de Compostela, sem, no entanto, o concluir. Em Madrid, para onde vai em 1890, inicia a sua atividade literária, escrevendo contos e artigos para a imprensa. Viajou para o México em 1892. E em 1895 publica o seu primeiro livro, Femininas. Instala-se em Madrid em 96-97, no tumulto daqueles anos em que desponta um século novo, por entre a boémia, a rebeldia, a febre modernista, as tertúlias literárias fervilhantes de inovações. É ferido num duelo com Manuel Bueno, e sofrerá, em consequência dessa ferida, a amputação do braço esquerdo. Vai publicando contos, traduções, artigos até que, em 1902, publica Sonata de Outono, iniciando uma das mais inovadoras obras literárias de Espanha, reconhecida internacionalmente. Seguem-se as demais Sonatas [de Verão (1903), de Primavera (1904) e de Inverno (1905)] e, com elas, a invenção de uma personagem, o Marquês de Bradomín que ombreia com os grandes mitos da literatura clássica, como Don Juan. E será em 1920 que publica, entre outras peças, Divinas Palavras De 1926 é o seu romance mais célebre, Tirano Banderas, retrato de uma ditadura sul-americana que viria a influenciar toda a literatura posterior. A instauração da República em 1931 trouxe-lhe algum reconhecimento público, e chegou a ser presidente do Ateneo de Madrid (1932). Morreu em Santiago de Compostela, aos 69 anos, em 1936. É por muitos considerado o maior dramaturgo espanhol do século XX.
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Etiquetas: Literatura
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