"Tão Amigas Que Nós Somos"
de Marcela Serrano

2ª Edição de 2001
Quetzal Editores
Coleção Serpente Emplumada
344 Páginas

Quatro mulheres, como todas as mulheres, com pontos em comum fascinantes e diferenças radicais. Quatro mulheres que se encontram para desnudar suas vidas e desnudar a de todos. A discussão subjacente é o papel da mulher numa sociedade que nos desconcerta e que, historicamente, insiste em nos colocar de lado. A amizade é um fio quente e perfeito que resgata a mesma genealogia na história comum que os quatro construíram. Teria sido interessante não cair no clichê de que, no fundo, o problema de não ter feito melhor é não ter o parceiro certo ao seu lado (Todos sabemos que as mulheres, sem exceção, são companheiras prodigiosas e estupendas na vida. Deve ser por isso que os homens não reclamam tanto...) No entanto, a autora caminha com solidez para refletir o papel da mulher contemporânea lutando por um espaço em uma sociedade em transformação (neste caso, os últimos anos da última ditadura chilena).
Um livro escrito com sinceridade, seu grande ponto a favor, sobre a dor e a alegria de ser mulher e sobre aquele doce e essencial amálgama diário: a amizade feminina.

"O que é ser mulher? Só pelo vazio se é mulher para poder preencher-se imaginariamente, na eterna busca de uma resposta."

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A autora nasceu em Santiago do Chile. Formou-se em Belas Artes pela Universidad Católica e, em 1973, com o golpe militar, teve de se exilar em Itália, onde morou até 1977. As suas obras foram traduzidas para várias línguas e adaptadas para o cinema. Entre elas, destacam-se Nós que nos amávamos tanto (1991), vencedor do Premio Sor Juana Inés de la Cruz, Para que no me olvides (1993), Prémio Municipal de Literatura em Santiago do Chile, e O albergue das mulheres tristes (1997).

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