"Santa Maria da Barca"
Três Testemunhos para um Naufrágio
de Vários

Introdução e leitura de Giulia Lanciani

1ª Edição de 1883
INCM - Imprensa Nacional-Casa da Moeda
Coleção Temas Portugueses
130 Páginas

O denso capítulo da literatura de viagens constituído pelos relatos de naufrágios, se bem que em grande parte organizados num corpus por Bernardo Gomes de Brito na sua História Trágico-Marítima, reserva ainda hoje estimulante surpresas a bibliógrafos e investigadores, mesmo após os acrescentamentos que lhe foram feitos por Mello de Azevedo e António Sérgio, surpresas que, se por um lado enriquecem o notável património do género, não raramente aduzem problemas posteriores ao estudo já árduo de uma tradição muito mais complexa e articulada do que era licito suspeitar há algumas décadas. É o caso, por exemplo, da primeira redação do relato de Gaspar Afonso;e é ainda o caso de edição quinhentista do relato anónimo do Naufrágio da viagem que fez à nau Santa Maria da Barca, até agora exclusivamente conhecido pela redação, totalmente diferente, Inserida por Bernardo Gomes de Brito na sua coletânea Da edição quinhentista, de que se dá aqui pela primeira vez uma leitura crítica, existe um exemplar- o único de que se tem notícia- no fundo bibliográfico do Palácio Ducal de Vila Viçosa, que pertenceu ao rei D. Manuel II, e que ele próprio descreve no catálogo da sua biblioteca.

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