"Relatório de Sombras ou A Memória das Palavras II" José Gomes Ferreira - 1ª Edição de 1980
"Relatório de Sombras ou A Memória das Palavras II" José Gomes Ferreira - 1ª Edição de 1980
Preço: 15 €
"Relatório de Sombras ou A Memória das Palavras II" José Gomes Ferreira - 1ª Edição de 1980
"Relatório de Sombras ou A Memória das Palavras II"
José Gomes Ferreira
1 Edição de 1980
MORAES Editores
210 Páginas
José Gomes Ferreira nasceu no Porto a 9 de Junho de 1900. Com quatro anos de idade mudou-se para a capital. O pai, Alexandre Ferreira, era um empresário que se fixou na actual zona do Lumiar, em Lisboa, tendo doado as suas propriedades para a construção da Casa de Repouso dos Inválidos do Comércio. José estudou nos liceus de Camões e de Gil Vicente, com Leonardo Coimbra, onde teve o primeiro contacto com a poesia. Colaborou com Fernando Pessoa, ainda muito jovem, num soneto para a revista Ressurreição.
A sua consciência política começou a florescer também ela cedo, sobretudo por influência do pai (democrata republicano). Licencia-se em Direito em 1924, tendo trabalhado posteriormente como cônsul na Noruega.
Nos anos 30 a 50, traduz fitas cinematográficas e redige, sob vários pseudónimos, crónicas, historietas, intrigas policiais, para pequenas publicações, ao mesmo tempo que colabora nas revistas, jornais e antologias poéticas Presença, Galo, O Diabo, Revista de Portugal, Portucale, Gazeta Musical e de Todas as Artes, Europa, Cadernos do Meio-Dia. A partir de 1948, inicia a publicação da sua obra poética, reunida posteriormente nos três volumes de Poeta Militante - Viagem do Século Vinte em Mim, uma criação poética caracterizada pela violência da denúncia de todo o tipo de situações de injustiça e de alienação, de permanente "contestação do real ou, antes, da aparência a que chamamos realidade. Contestação da sua mecânica feroz, do seu artificialismo absurdo, do seu não-sentido, da sua falta de imaginação" (ROSA, A. Ramos, Vértice, n. 473, 1986).
Politicamente, opôs-se à ditadura de Sidónio Pais e, mais tarde, à de Oliveira Salazar, tendo sido em 1979, já depois da revolução do 25 de abril, candidato pela APU para Lisboa, e em 1980 filiado no PCP. Foi condecorado grande oficial da Ordem Militar de Santiago de Espada por Ramalho Eanes.
José Gomes Ferreira é também autor de uma considerável obra em prosa, ficcional e de recriação de memórias, marcada, desde as conhecidas Aventuras de João Sem Medo, pelo simbolismo, por situações surrealizantes, pela criação de um novo imaginário de mitos e sonhos, que não decorre do absurdo, mas de uma linguagem alegorizante, imposta por uma situação de escrita subversiva sob a censura e ditada pela crença íntima no poder da imaginação para "enobrecer e embelezar todos os sentimentos reles e as coisas vis da terra" (de O Sabor das Trevas: romance alegoria dos tempos amargos, Lisboa, 1976, p. 164).
ESGOTADO NAS LIVRARIAS
BOM ESTADO - PORTES GRÁTIS
José Gomes Ferreira
1 Edição de 1980
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210 Páginas
José Gomes Ferreira nasceu no Porto a 9 de Junho de 1900. Com quatro anos de idade mudou-se para a capital. O pai, Alexandre Ferreira, era um empresário que se fixou na actual zona do Lumiar, em Lisboa, tendo doado as suas propriedades para a construção da Casa de Repouso dos Inválidos do Comércio. José estudou nos liceus de Camões e de Gil Vicente, com Leonardo Coimbra, onde teve o primeiro contacto com a poesia. Colaborou com Fernando Pessoa, ainda muito jovem, num soneto para a revista Ressurreição.
A sua consciência política começou a florescer também ela cedo, sobretudo por influência do pai (democrata republicano). Licencia-se em Direito em 1924, tendo trabalhado posteriormente como cônsul na Noruega.
Nos anos 30 a 50, traduz fitas cinematográficas e redige, sob vários pseudónimos, crónicas, historietas, intrigas policiais, para pequenas publicações, ao mesmo tempo que colabora nas revistas, jornais e antologias poéticas Presença, Galo, O Diabo, Revista de Portugal, Portucale, Gazeta Musical e de Todas as Artes, Europa, Cadernos do Meio-Dia. A partir de 1948, inicia a publicação da sua obra poética, reunida posteriormente nos três volumes de Poeta Militante - Viagem do Século Vinte em Mim, uma criação poética caracterizada pela violência da denúncia de todo o tipo de situações de injustiça e de alienação, de permanente "contestação do real ou, antes, da aparência a que chamamos realidade. Contestação da sua mecânica feroz, do seu artificialismo absurdo, do seu não-sentido, da sua falta de imaginação" (ROSA, A. Ramos, Vértice, n. 473, 1986).
Politicamente, opôs-se à ditadura de Sidónio Pais e, mais tarde, à de Oliveira Salazar, tendo sido em 1979, já depois da revolução do 25 de abril, candidato pela APU para Lisboa, e em 1980 filiado no PCP. Foi condecorado grande oficial da Ordem Militar de Santiago de Espada por Ramalho Eanes.
José Gomes Ferreira é também autor de uma considerável obra em prosa, ficcional e de recriação de memórias, marcada, desde as conhecidas Aventuras de João Sem Medo, pelo simbolismo, por situações surrealizantes, pela criação de um novo imaginário de mitos e sonhos, que não decorre do absurdo, mas de uma linguagem alegorizante, imposta por uma situação de escrita subversiva sob a censura e ditada pela crença íntima no poder da imaginação para "enobrecer e embelezar todos os sentimentos reles e as coisas vis da terra" (de O Sabor das Trevas: romance alegoria dos tempos amargos, Lisboa, 1976, p. 164).
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- ConcelhoCascais
- FreguesiaCarcavelos e Parede
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Etiquetas: Literatura
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