"Para Sempre" de Vergílio Ferreira

"Para Sempre" de Vergílio Ferreira

"Para Sempre"
de Vergílio Ferreira

Introdução de Maria da Glória Padrão

Edição de 1988
Círculo de Leitores
Coleção Romances Portugueses - Obras Primas do Século XX
Coordenada e dirigida por David Mourão-Ferreira
242 Páginas

Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para a Formação de Adultos como sugestão de leitura.

Em Para Sempre, no final de uma vida, entrando no seu epílogo, um homem já sem destino para cumprir medita sobre o seu passado e o seu futuro, no regresso a uma casa vazia onde passou parte da sua infância, povoada de fantasmas que evocam os momentos-chave da sua existência. Recheado de flashbacks para o passado e para o futuro, a antevisão, real e com todos os detalhes, da degradação da sua velhice e do seu funeral urge em Paulo a derradeira tentativa de procura da explicação de um sentido para a vida.

Contínua e cada vez mais solitária viagem em volta do único ponto do seu universo: o da sua infância como monólogo inacabado e inacabável em torno do milagre ardente e pavoroso da sua própria aparição no meio do mundo - montanha, estrelas, água, vento que é uma resposta antes de ser desesperada e inútil interrogação.

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Romancista e ensaísta português, natural de Melo (Gouveia), nasceu em 1916 e morreu em 1996. Estudou no Seminário do Fundão, licenciou-se em Filologia Clássica na Universidade de Coimbra e exerceu funções docentes no Ensino Secundário. Notabilizou-se no domínio da prosa ficcional, sendo um dos maiores romancistas portugueses deste século.
Literariamente, começou por ser neo-realista (anos 40), com "Vagão Jota" (1946), "Mudança" (1949), etc. Mas, a partir da publicação de "Manhã Submersa" (1954) e, sobretudo, de "Aparição" (1959), Vergílio Ferreira adere a preocupações de natureza metafísica e existencialista. A sua prosa, que entronca na tradição queirosiana, é uma das mais inovadoras dos ficcionistas deste século.
O ensaio é outra das grandes vertentes da sua obra que, aliás, acaba por influenciar a sua criação romanesca. Temas como a morte, o mistério, o amor, o sentido do universo, o vazio de valores, a arte, são recorrentes na sua produção literária. Além disto, Vergílio Ferreira deixou-nos vários volumes do diário intitulado "Conta-Corrente". Das suas últimas obras destacam-se: "Espaço do Invisível", "Do Mundo Original" (ensaios), "Para Sempre" (1983), "Até ao Fim" (1997) e "Na tua Face" (1993). Recebeu o Prémio Camões em 1992.

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Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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