"Os Sulcos da Sede" de Eugénio de Andrade

"Os Sulcos da Sede" de Eugénio de Andrade

"Os Sulcos da Sede"
de Eugénio de Andrade

Crónica de António Lobo Antunes

Posfácio de Lídia Jorge

5 Edição de 2007
Quasi Edições
Biblioteca "Obra de Eugénio de Andrade"
86 Páginas

"Os Sulcos da Sede" foi Prémio P.E.N. Clube Português de Poesia, em 2001

TODAS AS ÁGUAS

Água, água.
Porosas águas de alegria,
do pão na mesa.
Águas de Li Bai ébrias
de ternura,
de S. João da Cruz abrasadas
de amor, ó águas
de Claudel morrendo à sede.
Água. Água.
Todas as águas, todas.
Ó antiquíssima água das estrelas,
próximas distantes águas matinais,
oculta água dada a beber
num só olhar.

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Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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