"O Apicultor"
de Maxence Fermine

1ª Edição de 2004
Quetzal Editores
178 Páginas

O APICULTOR conta a história de Aurélien Rochefer, um jovem que deixa pra trás a confortável tarefa de dar continuidade ao trabalho de seu avô, o maior produtor de lavanda de Provença, na França, e parte para uma árdua missão a busca do ouro de sua vida: criar abelhas. Em 1885, aos 20 anos, Aurélien começou a sonhar com os insetos. Tinha o desejo de construir colméias e fazer mel. Sabia que seria o único apicultor da região e o mel que venderia seria o melhor de toda a Provença. E esse projeto, por mais insólito que fosse, bastava para dar um sentido a sua vida.

Muitos são os desafios quando Aurélien resolve lutar por seus sonhos. Muitas as dificuldades a testar sua persistência. Para o jovem, no entanto, não há limites quando se trata de ouvir a voz do coração. Em busca de seu desejo, ele chega à África onde conhece uma terra de costumes estranhos e descobre o doce amargo da paixão.

Tudo é simbólico em O Apicultor. As cores têm um papel de destaque na obra de Maxence Fermine. Para cada um de seus romances, ele escolhe uma tonalidade diferente para dar um colorido à narrativa e à linguagem. Em Neve era o branco, simbolizando a busca da beleza, o verdadeiro sentimento, a pureza. Em Violon Noir, o negro significando a violência das guerras. O dourado, onipresente em O Apicultor, é também a cor preferida do autor. Solar, ela simboliza o ouro da vida."Eu venho de uma família de artistas; assim, a música e a pintura foram minhas primeiras emoções. Como eu só sei escrever , tento pintar com as palavras. Cada sentimento tem uma tonalidade, formando quadros que, justapostos, compõem um afresco", explica Fermine.

O fascínio do autor pelas abelhas e pelo mel, para ele um alimento mágico, também tem uma origem familiar: "A apicultura era a ocupação de meu avô e muitas vezes eu o observava. Aqui também, o mundo das abelhas tem parte com a magia. O ritmo dessas trabalhadoras alquimistas me seduz. No fundo, o trabalho do escritor se assemelha um pouco ao das abelhas: colhemos idéias e sensações, depois nos fechamos para produzir", observa Maxence

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Maxence Fermine, 32 anos, mora em Savoie, em França, com a esposa e uma filha de cinco anos. Ele escreve rápido e bem - dois romances em 1999 e ainda um terceiro em 2000. Num estilo luminoso e frequentemente poético, em frases curtas, Fermine põe em cena personagens em busca do sentido de suas vidas e da vida.

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