"Engenheiro do Tempo Perdido" de Marcel Duchamp - 1ª Edição de 1990
"Engenheiro do Tempo Perdido" de Marcel Duchamp - 1ª Edição de 1990
Preço: 15 €
"Engenheiro do Tempo Perdido" de Marcel Duchamp - 1ª Edição de 1990
"Engenheiro do Tempo Perdido"
de Marcel Duchamp
Entrevistas com Pierre Cabanne
Tradução e Posfácio de António Rodrigues
1ª Edição de 1990
ASSÍRIO & ALVIM
Coleção Arte e Produção Nº 4
232 Páginas
Ilustrado
Através dos seus actos de criador, Marcel Duchamp não pretendia impor uma nova linguagem revolucionária, mas propor uma atitude de espírito; é por isso que as suas entrevistas constituem uma notável lição de ética. Este filho de um notário da Normandia, irmão de Jacques Villon, o pintor, e de Raymond Duchamp-Villon, o escultor, tão profundamente "francês", terá sido, com efeito, um dos espíritos mais surpreendentes destes tempos em que a arte, neste meio século, conheceu mais artistas plásticos do que éticos. Quando o continente americano despertava para a nova pintura, ele próprio despertava para a liberdade. Todas as suas realizações, na sua cronologia, traduzem a libertação progressiva de um homem em relação à sua família, ao seu meio, à sua época, à realidade, às normas e meios tradicionais da arte do seu tempo. Porquê? Duchamp respondeu com humor: «Desde que os generais já não morrem a cavalo, os pintores já não são obrigados a morrer nos seus cavaletes.
---
Marcel Duchamp (Blainville-Crevon, 28 de julho de 1887 Neuilly-sur-Seine, 2 de outubro de 1968) foi um pintor, escultor e poeta francês, cidadão dos Estados Unidos a partir de 1955, e inventor dos ready made.
Duchamp é um dos precursores da arte conceitual e introduziu a ideia de ready made como objeto de arte. Irmão de Jacques Villon, de Suzanne Duchamp e Raymond Duchamp-Villon, estes também artistas que gozaram de reputação no cenário artístico europeu, Marcel Duchamp começou sua carreira como artista criando pinturas de inspiração romantista, expressionista e cubista.
Dessa fase, destaca-se o quadro «Nu descendo a escada», que apresenta uma sobreposição de figura de aspecto vagamente humano numa linha descendente, da esquerda para a direita, sugerindo a ideia de um movimento contínuo. Esse quadro, na época de sua gênese, foi mal recebido pelos partidários do Cubismo, que o julgaram profundamente irônico para com a proposta artística por eles pretendida.
Duchamp foi o responsável pelo conceito de ready made, que é o transporte de um elemento da vida cotidiana, a princípio não reconhecido como artístico, para o campo das artes. A princípio como uma brincadeira entre seus amigos, entre os quais Francis Picabia e Henri-Pierre Roché, Duchamp passou a incorporar material de uso comum nas suas esculturas. Em vez de trabalhá-los artisticamente, ele simplesmente os considerava prontos e os exibia como obras de arte.
A Fonte, obra que fez repercutir o nome de Duchamp ao redor do mundo, especialmente depois de sua morte, está baseada nesse conceito de ready made: pensada inicialmente por Duchamp, que enviou-a com a assinatura "R. Mutt" - fábrica que produziu o urinol, lida ao lado da peça, para figurar entre as obras a serem julgadas para um concurso de arte promovido nos Estados Unidos. A escultura foi rejeitada pelo júri, uma vez que, na avaliação deste, não havia nela nenhum sinal de labor artístico. Com efeito, trata-se de um urinol comum, branco e esmaltado, comprado numa loja de construção e assim mesmo enviado ao júri.
Vale a pena ressaltar que a obra de Duchamp deixou um legado importante para as experimentações artísticas subsequentes, tais como o Dadaísmo, o Surrealismo, o Expressionismo abstrato, a Arte conceitual, entre outros. Muitos dos artistas identificados com essas tendências prestaram tributo a Duchamp, quando não o conheceram de fato, tendo com ele um contato direto (ou, às vezes, íntimo), o que influenciou as suas respectivas obras. John Cage, por exemplo, trocou ideias com Duchamp, e André Breton, pai do Surrealismo, por várias vezes tentou cooptar Duchamp para a causa do movimento surrealista; Tristan Tzara, um dos responsáveis pelo Dadaísmo, também reconheceu na obra de Duchamp, apesar do pouco contato da arte norte-americana com a arte europeia, uma espécie de precursora.
ESGOTADO NAS LIVRARIAS
BOM ESTADO - PORTES GRÁTIS
de Marcel Duchamp
Entrevistas com Pierre Cabanne
Tradução e Posfácio de António Rodrigues
1ª Edição de 1990
ASSÍRIO & ALVIM
Coleção Arte e Produção Nº 4
232 Páginas
Ilustrado
Através dos seus actos de criador, Marcel Duchamp não pretendia impor uma nova linguagem revolucionária, mas propor uma atitude de espírito; é por isso que as suas entrevistas constituem uma notável lição de ética. Este filho de um notário da Normandia, irmão de Jacques Villon, o pintor, e de Raymond Duchamp-Villon, o escultor, tão profundamente "francês", terá sido, com efeito, um dos espíritos mais surpreendentes destes tempos em que a arte, neste meio século, conheceu mais artistas plásticos do que éticos. Quando o continente americano despertava para a nova pintura, ele próprio despertava para a liberdade. Todas as suas realizações, na sua cronologia, traduzem a libertação progressiva de um homem em relação à sua família, ao seu meio, à sua época, à realidade, às normas e meios tradicionais da arte do seu tempo. Porquê? Duchamp respondeu com humor: «Desde que os generais já não morrem a cavalo, os pintores já não são obrigados a morrer nos seus cavaletes.
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Marcel Duchamp (Blainville-Crevon, 28 de julho de 1887 Neuilly-sur-Seine, 2 de outubro de 1968) foi um pintor, escultor e poeta francês, cidadão dos Estados Unidos a partir de 1955, e inventor dos ready made.
Duchamp é um dos precursores da arte conceitual e introduziu a ideia de ready made como objeto de arte. Irmão de Jacques Villon, de Suzanne Duchamp e Raymond Duchamp-Villon, estes também artistas que gozaram de reputação no cenário artístico europeu, Marcel Duchamp começou sua carreira como artista criando pinturas de inspiração romantista, expressionista e cubista.
Dessa fase, destaca-se o quadro «Nu descendo a escada», que apresenta uma sobreposição de figura de aspecto vagamente humano numa linha descendente, da esquerda para a direita, sugerindo a ideia de um movimento contínuo. Esse quadro, na época de sua gênese, foi mal recebido pelos partidários do Cubismo, que o julgaram profundamente irônico para com a proposta artística por eles pretendida.
Duchamp foi o responsável pelo conceito de ready made, que é o transporte de um elemento da vida cotidiana, a princípio não reconhecido como artístico, para o campo das artes. A princípio como uma brincadeira entre seus amigos, entre os quais Francis Picabia e Henri-Pierre Roché, Duchamp passou a incorporar material de uso comum nas suas esculturas. Em vez de trabalhá-los artisticamente, ele simplesmente os considerava prontos e os exibia como obras de arte.
A Fonte, obra que fez repercutir o nome de Duchamp ao redor do mundo, especialmente depois de sua morte, está baseada nesse conceito de ready made: pensada inicialmente por Duchamp, que enviou-a com a assinatura "R. Mutt" - fábrica que produziu o urinol, lida ao lado da peça, para figurar entre as obras a serem julgadas para um concurso de arte promovido nos Estados Unidos. A escultura foi rejeitada pelo júri, uma vez que, na avaliação deste, não havia nela nenhum sinal de labor artístico. Com efeito, trata-se de um urinol comum, branco e esmaltado, comprado numa loja de construção e assim mesmo enviado ao júri.
Vale a pena ressaltar que a obra de Duchamp deixou um legado importante para as experimentações artísticas subsequentes, tais como o Dadaísmo, o Surrealismo, o Expressionismo abstrato, a Arte conceitual, entre outros. Muitos dos artistas identificados com essas tendências prestaram tributo a Duchamp, quando não o conheceram de fato, tendo com ele um contato direto (ou, às vezes, íntimo), o que influenciou as suas respectivas obras. John Cage, por exemplo, trocou ideias com Duchamp, e André Breton, pai do Surrealismo, por várias vezes tentou cooptar Duchamp para a causa do movimento surrealista; Tristan Tzara, um dos responsáveis pelo Dadaísmo, também reconheceu na obra de Duchamp, apesar do pouco contato da arte norte-americana com a arte europeia, uma espécie de precursora.
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